Em passeio pelo Centro de Florianópolis, Rosângela Vieira precisou usar um dos banheiros disponíveis para a população dentro do Mercado Público, ponto turístico que a moradora do Monte Verde visitou. A decepção foi grande.

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– Eu já tinha visto toda a nova estrutura do Mercado, mas nunca tinha entrado nos banheiros. E a situação que eu encontrei era lamentável, ainda mais por um serviço que é cobrado – desabafou.

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Desde agosto, quando foi reinaugurado o Mercado Público, usar os banheiros do local tem o custo de R$1. A justificativa era de que o dinheiro arrecadado seria para manter o local limpo e funcionando. Porém, esta não é a realidade que se vê. Faltam trancas nas portas, as películas dos vidros estão danificadas – o que não dá privacidade na hora de usá-los -, as descargas não recebem água suficiente e não funcionam sempre que acionadas, o sistema de ventilação é precário, gerando um certo desconforto para quem está lá dentro.

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– Já vi dar briga aqui na porta por causa da cobrança. As pessoas não gostam de pagar por um banheiro nesse estado – disse Sandra Martendal, que é funcionária do caldo de cana que fica ao lado dos banheiros da Ala Norte. Ela contou ainda que nos fins de semana a coisa é pior, pela quantidade de pessoas utilizando o serviço.

Na Ala Sul, a situação é um pouco melhor, mas dos quatro banheiros, dois não funcionam.

Vandalismo piora a situação

Os funcionários da Comcap, que fazem a manutenção e cobrança dos banheiros, explicaram que antes de serem inaugurados e cobrados, os banheiros já haviam sido depredados e precisaram passar novamente por reforma. Eles contaram, ainda, que existem pessoas que danificam torneiras e portas de propósito e roubam até papel higiênico. Até um líquido amarelo foi jogado para manchar as tampas dos vasos, gerando um custo maior para fazer a limpeza.

Licitação em vista

Segundo o secretário de Obras, Rafael Hahne, a prefeitura está acompanhando, juntamente com a Associação dos Comerciantes do Novo Mercado, todos os problemas dos banheiros. Porém, existem dois pontos diferentes a serem tratados, um de estrutura e outro de manutenção.

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A questão da estrutura já está sendo resolvida. Na Ala Sul já foram instalados pressurizadores para corrigir o problema das descargas. O mesmo será feito na Ala Norte. Quanto à manutenção, até o final do mês será feita a contratação da empresa responsável pelo serviço, para que no começo de 2016 tudo esteja resolvido.

O presidente da Associação de Funcionários do Mercado Público, Aldonei Brito, explicou que algumas alterações na estrutura do banheiro também estão sendo providenciadas. As películas das portas serão retiradas e os vidros serão jateados. Além disso, as torneiras com sensores serão substituidas pelas tradicionais.

– Nos banheiros da Ala Sul, as torneiras já foram trocadas, falta, agora, a Ala Norte – finalizou.

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