Situação do Juventus, que luta para se manter no Catarinense, continua indefinida

Apesar dos esforços de conseguir se manter no Campeonato Catarinense, o Juventus segue sem uma definição sobre verbas do poder público. Depois da negativa por parte da Prefeitura, a diretoria recorreu à Câmara de Vereadores na tarde de segunda-feira, mas o encontro também não trouxe uma definição.

A dificuldade está em repassar a verba para o Moleque Travesso, por causa da lei que proíbe órgãos públicos de investir em equipes profissionais e também por causa da dívida do time, de R$ 3,6 milhões, que impede a diretoria de retirar certidão negativas.

A líder do governo na Câmara, Natália Lúcia Petry (PMDB), que participou da reunião com a diretoria do Juventus, disse que a Casa deixou claro que será parceira do clube se tudo ocorrer dentro da legalidade.

– A Câmara não tem a incumbência nem poder de desenvolver nenhum projeto de obra e ações, isso depende exclusivamente do Executivo, se vier um projeto dessa natureza, vamos discuti-lo -, avisa.

A vereadora afirmou que desconhece a intenção do Juventus de conseguir verbas de sobras do orçamento da Câmara, numa parceria com o futebol amador.

Segundo o vice-presidente jurídico do Juventus e procurador da LJaF, Ricardo Barrichello, clube pretende conseguir o repasse através da Liga Jaraguaense de Futebol (LJaF), que possui todas as certidões negativas para receber recursos. A intenção da diretoria é que a entidade receba o dinheiro e repasse aos clubes associados, entre eles, o Juventus. Até as 15 horas desta terça-feira, nada referente ao caso foi protocolado na Câmara.

Depois de encaminhado pelo Executivo, a proposta ainda precisa do parecer jurídico e passar pelas comissões técnicas. A vereadora disse que só vai opinar sobre o assunto depois dos pareceres.

O procurador geral do município, Raphael Rocha Lopes, disse que nenhum projeto foi encaminhado à Procuradoria até a tarde de terça, e que acha improvável que a Prefeitura aceite a proposta do clube. Ainda assim, Barrichello, trabalhava na documentação do projeto. A expectativa de Barrichello é de que a primeira votação ocorra nesta quinta-feira.

– É um projeto para ajudar o esporte amador e, se aprovado, vai ainda depender da Liga a distribuição entre os clubes -, informa.

A proposta prevê R$ 250 mil de recursos da suplementação orçamentária da Câmara e R$ 298 mil da iniciativa privada.