As condições da rodovia SC-477, que liga os municípios de Canoinhas, Major Vieira e Papanduva, no Norte de Santa Catarina, estão motivando uma série de ações dos moradores locais. Há uma semana um boneco feito com vassoura, balde e um casaco chegou a ser montado dentro de um buraco existente na via. Neste sábado, 27, um protesto está marcado para cobrar melhorias na estrada.
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De acordo com o reservista da Polícia Militar de Major Vieira, Sérgio Roberto Lezan, que lidera a manifestação, as ações têm o objetivo de sensibilizar o Governo do Estado a recuperar a rodovia. Segundo ele, além de buracos expostos ao longo dos 34 quilômetros da SC-477, há ainda problemas de roçadas e falta de sinalização.
— A situação da estrada é crítica e está trazendo vários acidentes, prejuízos e riscos à população. É um descaso, porque entra e sai governo e ninguém faz nada. Queremos uma posição e que o Estado faça a recuperação da SC-477 — destaca.
Por meio de vídeos e fotos, moradores da cidade corroboram o pedido em depoimentos. Segundo uma cidadã, o carro em que ela viajava estragou depois de ter caído em um buraco. Em outras postagens pelo menos outros dois homens se manifestam, um deles com um registro de ocorrência que aponta as condições da SC-477 como a causa possível do acidente com seu veículo. O outro questiona "quem vai pagar o prejuízo meu e dos demais usuários?".
O movimento agendado no município para sábado é comunitário, terá cunho pacífico e deve ocorrer no trevo de acesso à Major Vieira a partir das 15 horas. "Nossa intenção é levar cartazes e chamar a atenção do poder público e, caso não nos ouçam, a cada sábado podemos vir a bloquear a via por uma hora, duas horas e, assim, sucessivamente, até atingirmos nosso objetivo", complementa Sérgio.
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O Jornal A Notícia entrou em contato com a comunicação e a chefia da Superintendência Regional Norte do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). Segundo o órgão, uma operação de tapa-buracos foi realizada na quarta-feira (26) e a manutenção da estrada será feita de forma rotineira, incluindo roçadas e a limpeza de sarjetas.
A medida, no entanto, ainda não é considerada satisfatória, segundo Sérgio Lezan. "O que foi feito não é um recapeamento e um situação não se resolve jogando farelo nos buracos, é preciso recuperar todo o percurso", insiste o morador.
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