Estimada em mais de R$ 100 milhões, a herança do lavrador Renê Senna, que ganhou R$ 52 milhões na Mega-Sena e foi assassinado em 2007, é objeto de uma disputa judicial envolvendo nove parentes, segundo uma reportagem do jorna O Globo. Entre os bens deixados por Senna estão imóveis, pelo menos duas casas de praia, dois tratores e um Mitsubishi Pajero blindado.

Continua depois da publicidade

Receba notícias de Santa Catarina pelo WhatsApp

Renê Senna também deixou uma lista de bens que inclui um quadriciclo, o mesmo que ele usava no dia em que foi baleado, um sítio em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o dinheiro da venda de dois sítios e de uma fazenda, uma cobertura de 177 metros quadrados em Arraial do Cabo, além de aplicações financeiras feitas em vida por ele e uma quantia em dinheiro da venda de dezenas de cabeças de gado.

Renê, na época com 52 anos, foi assassinado com quatro tiros em um bar em Rio Bonito (RJ), menos de dois anos após virar milionário. Sua companheira Adriana Almeida, que tinha 27 anos quando houve o crime, é apontada como mandante de sua morte e foi condenada a 20 anos de prisão. De acordo com a sentença, Adriana encomendou a morte do marido após ele ter dito que iria excluí-la do testamento, pois sabia que estava sendo traído.

Morre Caçulinha, músico do Domingão do Faustão por mais de 20 anos

Continua depois da publicidade

Entenda a disputa por herança

Todo dinheiro e os bens listados fazem parte do espólio do lavrador, cuja inventariante é Renata Almeida Senna, sua filha. Tudo está bloqueado e só poderá ser usado com autorização judicial ou no fim do inventário. Além de Renata, também disputam a herança oito irmãos e um sobrinho do lavrador.

Na última terça-feira (30), a 1ª Vara Cível de Rio Bonito negou um pedido para restaurar um testamento de 2005 que beneficiava Renata com 50% de sua fortuna e deixava a outra parte para oito irmãos e um sobrinho de Renê. Com a decisão, continua válido um segundo testamento, registrado em 2006, que considera Renata como única e exclusiva destinatária de toda herança.

Apesar da decisão desta terça-feira, o advogado Sebastião Mendonça, representante de oito irmãos e um sobrinho do lavrador e autor do pedido para volta da validade do testamento de 2005, anunciou que entrará com um recurso de apelação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

Um terceiro testamento, que incluía Adriana como beneficiária, foi anulado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O documento de 2006 incluia ela como destinatária de 50% da herança, deixando o restante da fortuna para a filha Renata. O Judiciário considerou que Renê foi manipulado por Adriana, que já teria um plano para matá-lo. 

Continua depois da publicidade

Leia também

Maísa diz que teve “experiência de quase morte” ao escapar de incêndio

Mulher é assassinada e corpo é encontrado ao lado de cova em Chapecó