Há pouco mais de 10 anos, a publicidade era a única a sustentar os custos da produção de conteúdo nos meios de comunicação de massa. Mas, com a popularização da internet, vieram os novos hábitos de consumo que têm pressionado os players tradicionais do mercado de comunicação a se transformar.
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Apenas a população brasileira soma hoje mais de 120 milhões de usuários na internet. Isso significa que dois terços da população já está inserida em uma cultura digital, segundo pesquisa do IBGE. Grande parte dessa presença vem dos smartphones, que estão nas casas de mais de 90% dos brasileiros. Além disso, o brasileiro está conectado mais de 9h por dia, ficando atrás apenas da Tailândia e Filipinas, de acordo com estudos do Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Diante deste cenário, não é difícil imaginar por que os investimentos em mídia digital estão em alta e têm sido parte importante no jogo de conquista de novos clientes. Consequentemente, o valor da publicidade caiu e a oferta de conteúdo aumentou. Por isso, assim como as grandes empresas de tecnologia, os veículos de comunicação vêm se aproximando do consumidor final com uma estratégia omnichannel baseada em dados.
Dentre os formatos inovadores para acelerar as vendas e garantir presença no digital, está o conteúdo online pago. A prestação de serviço de curadoria de conteúdos passou a ser sustentada, então, pelas mídias pagas e pelo próprio consumidor. Grandes marcas da atualidade, como a Netflix, o YouTube Premium e a Apple, se utilizam da economia da recorrência e negócios de assinatura para potencializar ativos.
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No segmento de comunicação, o New York Times foi o precursor dessa modalidade em 2011. No último ano, as assinaturas digitais do NYT geraram mais de 40% do lucro anual da empresa. O modelo virou tendência, foi implementado pelos veículos nacionais e no próximo mês chega aos catarinenses por meio do NSC Total, portal que reúne os sites dos jornais da NSC Comunicação. A estratégia visa potencializar as ofertas e soluções no digital.
Para o usuário, as assinaturas digitais impactam na experiência, que a cada dia se torna mais personalizada. O que antes era motivo de descontentamento, para muitos, hoje é questão de preferência. O jornalismo de qualidade é atrelado a valores intangíveis, como a própria história, consistência e credibilidade, e tem preço.