Cerca de três horas após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decidir compartilhar com o Congresso o inquérito que investiga as relações entre o senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM) e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, o site de notícias Brasil 247 expôs o que diz ser a íntegra do documento.
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De acordo com o material exposto no site, o inquérito do STF contra Demóstenes indicaria que houve um depósito de R$ 3,1 milhões de Cachoeira em favor do senador. Os arquivos apresentam ainda supostas gravações que reforçariam as suspeitas de ligação do bicheiro com a construtora Delta e com o governo de Goiás, de Marconi Perillo.
A possibilidade de o inquérito ter vazado quase simultaneamente a sua chegada ao Congresso provoca desconforto no STF. Ao liberar o acesso ao inquérito para a CPI do Cachoeira e o Conselho de Ética do Senado, o ministro Ricardo Lewandowski havia feito uma recomendação expressa para que o processo, protegido por sigilo, fosse preservado.
Há expectativa de que o STF tome medidas ainda neste sábado para acionar a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com objetivo de apurar os responsáveis pelo vazamento. A decisão teria sido tomada na noite de sexta-feira, depois que Lewandowski teve uma reunião com o presidente do tribunal, ministro Carlos Ayres Britto.
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