Quando o publicitário João Marcos e a jornalista Denise Suzuki colocaram no ar, em 5 de julho deste ano, uma proposta inovadora para o e-commerce, não imaginavam que o projeto ganharia projeção nacional com menos de seis meses de execução.
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O site www.proveagora.com.br leva as roupas e calçados das lojas até os clientes, para que eles não precisem sair de casa para finalizar a compra. A ideia foi uma das nove finalistas do desafio de startups – microempresas recém-nascidas da área de tecnologia – “Sua ideia vale um milhão”, promovido pelo Buscapé Company, um dos principais sites de comparação de preços da América Latina.
– Não esperávamos tanto. Os outros finalistas já tinham alguma experiência neste tipo de competição e nós éramos os únicos estreantes. Além disso, fomos a única startup do Sul selecionada para esta edição -, conta Denise.
A empresa joinvilense concorreu com 908 projetos. Depois do anúncio dos finalistas, a equipe do Prove Agora ficou uma semana na sede do Buscapé, em São Paulo, para cumprir uma programação intensa.
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– Eram 12 horas por dia assistindo palestras, trocando ideias, conhecendo novas ferramentas. E o mais importante: ganhamos o apoio do Buscapé, que sinalizou interesse pelo projeto -, afirma a jornalista.
O vencedor receberá R$ 300 mil para investir e impulsionar a ideia. Denise afirma que só o fato de ser um finalista é um marco que abre muitas portas. A equipe mal voltou de São Paulo e colocou em prática ideias que trouxe.
– Estamos aplicando novas ferramentas com o investimento inicial que temos. O próximo passo é captar investidores para ampliar o projeto para as capitais do Sul -, conta.
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O investimento do Buscapé na empresa não está descartado. Como a ideia já foi selecionada entre as melhores do País, principalmente por ser do ramo da moda e ter público amplo para usar o serviço, a companhia pode apresentar propostas no futuro.
Fundos buscam boas ideias
O momento é de preparação para muitas startups que buscam investidores para impulsionar seus projetos. Fundos de investimentos catarinenses estão à procura de empresas interessadas em aplicar nessas boas ideias. Eles atuam como intermediários entre quem tem dinheiro e quem tem um bom projeto.
Rodrigo de Oliveira, gestor de investimentos da BZPlan e parceiro da joinvilense HFPX Participações, diz que é fundamental que as startups tenham um projeto consistente.
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– Como se trata de um investimento agressivo, é natural que a projeção financeira também aponte para um forte crescimento. Ao término do prazo, o investidor quer repor a quantia aplicada, com os rendimentos do desenvolvimento da ideia, a partir da venda da parte na startup –, explica.