Um mês depois de o Facebook ser acusado de manipular as emoções de seus usuários, o site de encontros americano OkCupid decidiu sair do armário ao reconhecer que também fez experiências com pessoas e vinculou casais incompatíveis para ver o que acontecia.

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No OkCupid, o usuário cria um perfil com fotos e escreve uma curta auto-descrição e responde a um questionário. Com base nessas informações, o site sugere ao usuário parceiros em potencial, indicando o percentual de afinidades. Assim, se um pretendente aparece com potencial de 95%, as chances de a chama do amor acender são altas.

Contudo, segundo o fundador Christian Rudder, o OkCupid omitiu textos dos perfis para determinar a importância das palavras frente às fotografias. Também admitiu ter dito a pessoas incompatíveis que eram casais ideais (com mais de 90% de afinidades), para estudar o alcance do poder da sugestão nas equações românticas.

O OkCupid descobriu que as palavras importam pouco quando comparadas com as fotos e que apenas dizer a duas pessoas incompatíveis que formam o casal ideal é o suficiente para que ambos concordem.

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– Quando dizemos a duas pessoas que são um bom casal, eles agem como se fossem – disse Rudder.

Depois, o OkCupid testou o sistema, dizendo a duas pessoas que tinham afinidades perfeitas que seriam um casal terrível. Acontece que, nesse caso, os envolvidos se inclinaram a desafiar o poder da sugestão e tiveram relacionamentos bem sucedidos de qualquer forma, segundo as estatísticas publicadas no OkCupid.

Rudder acrescentou que, embora o OkCupid seja uma página de sucesso, ainda muito a descobrir no que diz respeito à função de cupido.

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Um dos mais populares sites de encontros online dos Estados Unidos, o OkCupid informou ter redefinido sua fórmula para unir casais com a ideia de estudar melhor a arte (ou o negócio) de servir de cupido.

O fundador, Christian Rudder, escreveu essa confissão na última segunda-feira, em um post intitulado “Fizemos experiências com seres humanos” publicado em seu blog depois que uma onda de críticas se abateu sobre o Facebook por manipular os posts no feed de notícias de seus usuários para estudar como eles influenciavam as emoções.

– Notamos recentemente que as pessoas não gostaram que o Facebook fizesse experiências com seus perfis. Mas, adivinhem: se usam a internet, vocês estão sujeitos a centenas de experiências a qualquer momento, em qualquer lugar. É assim que funcionam as páginas na internet – escreveu.

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*AFP