Mais de 500 lojas reúnem-se nesta quarta-feira no site do buscador de preços Buscapé para oferecer descontos de até 60% em seus produtos. A Buscapé Company aproveitou a semana do Dia Mundial do Consumidor, instituída pela ONU, para lançar mais uma data de promoções no e-commerce brasileiro, a exemplo da Black Friday. O objetivo é aquecer as vendas de março, um mês tradicionalmente fraco para o varejo.

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Entre as participantes do Dia do Consumidor Brasil, estão grandes nomes do comércio eletrônico, como Americanas.com, Casas Bahia, Centauro, Magazine Luiza, Netshoes, Pontofrio, Ricardo Eletro, Saraiva, Shoptime, Submarino e Walmart.com. A ideia é promover a ação todo ano, sempre na semana do Dia Mundial do Consumidor, que é comemorado em 15 de março.

O CEO da Buscapé Company na América Latina, Rodrigo Borer, explica que nesta época o varejo sofre com a queda nas vendas e a promoção é uma tentativa de aquecê-las.

– Março é um mês em que não há qualquer data comemorativa por perto. O Carnaval já passou, as pessoas estão retomando a rotina e o Dia das Mães está longe. Nada acontece – analisa Borer.

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A expectativa do empresário é que a ação gere um incremento de 55% no faturamento do dia, em relação a uma quarta-feira comum de março. A Buscapé Company investiu R$ 15 milhões para promover o Dia do Consumidor Brasil.

Para combater a impressão negativa de que descontos em datas como esta seriam falsos, Borer afirma que a Buscapé tem um sistema para checar os preços e retirar do site as ofertas mascaradas.

– Temos uma base de dados com os preços originais de todos os produtos anunciados em diferentes épocas. Se há 15 dias uma geladeira, por exemplo, custava R$ 2,5 mil, depois aumentou de preço e agora está anunciada na oferta com os mesmos R$ 2,5 mil, ela será retirada do site – garante o CEO.

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A presidente da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, acredita que o comércio online no Brasil hoje está mais seguro para o consumidor, afinal é um caminho sem volta nas relações de consumo. Por outro lado, e especialmente em ações promocionais como a Black Friday, ela alerta que o cliente precisa aprender a fazer esta compra.

– O consumidor tem que fazer uma pesquisa prévia para checar se a oferta está valendo a pena, também precisa ver se a empresa está no cadastro de reclamações do Procon, além de reunir documentos que comprovem a compra – aconselha.

Maria Inês acrescenta que o consumidor tem hoje um amparo legal específico contra fraudes em compras na internet. Desde maio do ano passado, a lei do comércio eletrônico obriga as empresas a fornecerem nome e número do CNPJ, endereço físico e eletrônico, contrato de compra, além de um canal de atendimento válido para o cliente.

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