Quando a previsão é de muita chuva o blumenauense acompanha o nível do rio subir em centímetros. A previsão do Centro de Operação do Sistema de Alerta (Ceops) da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí- Açu costuma ser precisa.
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Mas os equipamentos que auxiliam os técnicos nessa previsão estão sem manutenção desde o começo do ano. São 15 estações telemétricas instaladas no Médio e Alto Vale do Itajaí.
— Não que eles estejam com problemas, mas como a comunicação não está sendo possível entre a central aqui do Ceops e as estações, então nós não temos certeza se é falha de sensor de nível ou se é só problema de bateria. Agora, com certeza, quase todas as baterias precisam ser trocadas, porque nós trocamos em 2015. Já vão para mais de 24 meses de vida. Essas baterias são fundamentais para o sistema funcionar. Provavelmente a troca das baterias já vai resolver alguns problemas – diz o coordenador do Ceops, Dirceu Severo.
De 2015 até dezembro de 2016 o Ceops recebia R$ 5 mil por mês da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajai (Ammvi). Esse recurso era utilizado para a manutenção dos equipamentos. O convênio terminou e não foi renovado. O governo do Estado assumiu o pagamento da despesa e repassou de uma vez R$ 76 mil.
— Foram cerca de R$ 60 mil para o custeio mensal da estrutura do Ceops, além de um repasse de R$ 16 mil que é para a compra de um equipamento backup. Sempre que dá problema no equipamento, eles terão um backup, conforme o plano de trabalho que eles apresentaram — explica o secretário da ADR Blumenau, Emerson Antunes.Para usar o recurso é necessário um processo licitatório, por isso vai demorar ainda alguns meses. Mas a preocupação do Ceops é que o sistema não fique completo mesmo depois do dinheiro aplicado.
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— Vai dar para resolver o problema momentâneo, substituindo baterias, comprando algumas peças, principalmente o datalog, que é o equipamento central da estação. Isso vai resolver alguns problemas. Mas, uma vez que se fez essa reforma, provavelmente logo depois nós vamos ter outros problemas, porque a estação não vai ter vida útil e longa por muito tempo. Se for dessa maneira, nós vamos sempre passar por esses períodos de crise de manutenção, porque se resolve agora, mas os problemas voltam. Tem que ter a manutenção preventiva — pontua Dirceu Severo.
A ADR argumenta que o recurso foi repassado e se não for suficiente será preciso uma nova análise dos projetos. Procurada pela reportagem, a Ammvi apontou que até o momento não recebeu um pedido oficial do Ceops para firmar um novo convênio.
(Com informações de Marina Dalcastagne, da NSC TV)