O presidente da Síria, Bashar al-Assad, afirmou nesta quarta-feira que o Exército trava uma batalha “heroica” e “crucial” pelo destino do país, em um discurso divulgado pela agência oficial Sana por ocasião do 67º aniversário da tropa.

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– O Exército trava uma batalha heroica e crucial da qual depende o destino de nosso povo e de nossa nação, porque o inimigo se encontra agora entre nós, utilizando agentes internos como meio para desestabilizar a pátria, a segurança dos cidadãos – afirmou o presidente sírio.

Confrontos continuam no país

Intensos tiroteios e explosões eram ouvidos desde terça-feira à noite em vários bairros de Damasco hostis ao regime do presidente Assad. Na manhã desta quarta-feira foram registradas uma explosão e tiroteios na rua Bagdá, a grande avenida que leva ao centro da cidade e a Bab Tuma, o bairro cristão do centro da capital, muito frequentado por turistas antes da crise, informou um porta-voz dos Comitês Locais de Coordenação (LCC), que comandam a rebelião.

De acordo com os LCC, grande bairro de Tadamun, sul da capital, foi bombardeado com morteiros no início da manhã. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que o Exército e grupos rebeldes protagonizavam combates nesta quarta-feira nos dois bairros cristãos do centro de Damasco, pela primeira vez desde a explosão da revolta na Síria.

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“Violentos combates explodiram durante a madrugada nos bairros de Bab Tuma e Bab Sharqui. As primeiras informações mencionam um morto entre os soldados”, afirma um comunicado do OSDH.

O presidente do OSDH, Rami Abdel Rahmane, afirmou que estes são os primeiros combates registrados nos bairros cristãos, que ficam na parte antiga de Damasco e são muito procurados por turistas.

Os confrontos em Damasco, que haviam cessado depois que o Exército assumiu o controle da cidade, foram retomados na segunda-feira, após um ataques dos rebeldes contra um posto militar.

A batalha no país se concentra desde 20 de julho em Aleppo, segunda maior cidade do país, para a qual o regime e os rebeldes enviaram novos reforços para um confronto decisivo que pode durar várias semanas, segundo fontes do governo.

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