A instalação provisória das peixarias do Mercado Público no Terminal Cidade de Florianópolis aumentou o movimento no comércio, agradou os vendedores de peixe, mas trouxe um cheiro incômodo para motoristas e passageiros que utilizam o local para embarcar para as cidades da Grande Florianópolis. Isso é o que afirma o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Grande Florianópolis (Sintraturb), que já fez um pedido ao Deter para que seja tomada uma solução. Existe a possibilidade de interrupção dos serviços.
Continua depois da publicidade
A opinião de que o cheiro esteja incomodando não é unânime. O fiscal Ícaro Vieira, por exemplo, diz não se incomodar e na maior parte do tempo sequer nota o odor:
– Só quando chega algum caminhão para descarregar peixe, mas assim que o caminhão sai, passa. Não chega a um ponto que prejudique nosso trabalho – opina Ícaro.
Já o cobrador Jean José da Silva diz que “o cheiro não é muito bom” e que seria bom as peixarias deixarem o terminal:
Continua depois da publicidade
– Está com esse cheiro desde o dia que eles chegaram – diz o cobrador.
O proprietário da Peixaria do Chico, Marcelo Jaques, afirma que o local é lavado com cloro pelo menos quatro vezes ao dia. Ele também afirma que o fato de ser um local aberto ajuda a dispersar o odor:
– No Mercado Público era bem pior do que aqui. Na verdade quase não dá para sentir – diz Marcelo.
Não é o que pensa o técnico agrícola Guilherme Kender Drosemeyer – que esperava o ônibus para Santo Amaro da Imperatriz às 11h. Ele diz que o cheiro é “horrível” e está presente o tempo inteiro.
Continua depois da publicidade
O engenheiro da Secretaria de Obras, Dalton da Silva, afirma que as peixarias estão mantendo as normas sanitárias exigidas para o funcionamento. Na opinião dele, não há muito cheiro e o local aberto ajuda para que o odor não fique concentrado.
As peixarias devem voltar a funcionar no Mercado Público em dezembro, quando acaba a reforma da ala sul. No momento, os comerciantes ainda estão retirando equipamentos e a Comcap está retirando os entulhos formados pela demolição de algumas estruturas internas.
Comércio da região comemora
O ambulante Denílson Sabino Lima – que trabalha há 10 anos no Cidade de Florianópolis – diz que o movimento aumentou muito desde que as peixarias chegaram:
Continua depois da publicidade
– A gente reclamava que nunca faziam nada pela gente. Foi só eles chegarem que começou a aparecer gente – diz Denílson.
Quanto ao cheiro, o ambulante diz que seu nariz já “está dormente” e não incomoda a maior parte do tempo – “durante a tarde é pior”. A sua maior preocupação é a sujeira das peixarias:
– Eles jogaram água e sujeira para a plataforma, eu peguei o rodo e joguei de volta. Foi só uma vez, mas espero que não repitam – diz o comerciante.
Continua depois da publicidade