Em casos de chuvas fortes e enchentes, como as que causaram um cenário devastador no Rio Grande do Sul em maio deste ano, há impactos diversos na vida das vítimas. Dentre eles, há uma preocupação de Saúde Pública, já que o longo contato de pessoas com a água de enchentes pode acarretar no contágio e desenvolvimento de doenças como leptospirose. Navegue pelo índice abaixo para entender os sintomas e outras informações sobre esta doença.
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O que é leptospirose?
Segundo o site do Ministério da Saúde, a leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria Leptospira. Normalmente, a bactéria entra no corpo das pessoas pelo contato de feridas com a urina de animais, principalmente ratos. Em casos mais graves, a letalidade da leptospirose pode chegar a 40%, conforme dados do Ministério da Saúde.
Contágio da Leptospirose
Esse quadro bacteriano ocorre quando existe o contato com, na maioria dos casos, urina de ratos. Basicamente, a bactéria entra no organismo através de lesões na pele, pele sem lesões mas que ficaram imersas por um longo período, ou através da mucosa.
O Ministério da Saúde aponta que a leptospirose é mais comum em ambientes com infraestrutura precária de saneamento e higiene, além de alta infestação de roedores infectados. Casos de inundação, e enchentes também ajudam a bactéria a se espalhar junto com a água e a sobreviver nela.
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Sintomas da Leptospirose
Antes de mais nada, o período de incubação da bactéria Leptospira tende a ser de 7 a 14 dias depois da exposição. Por isso, os sintomas dificilmente vão aparecer logo após o contato com a bactéria. De forma geral, a doença pode ter duas fases: a fase precoce e a fase tardia. Sendo que cada uma tem seus sintomas específicos.
Fase precoce
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
- Falta de apetite
- Náuseas/vômitos
Fase tardia
- Síndrome de Weil: tríade de icterícia, insuficiência renal e hemorragias
- Síndrome de hemorragia pulmonar: lesão pulmonar aguda e sangramento maciço
- Comprometimento pulmonar: tosse seca, dispneia, expectoração hemoptoica
- Síndrome da angustia respiratória aguda: SARA
- Manifestações hemorrágicas: pulmonar, pele, mucosas, órgãos e sistema nervoso central
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A Secretaria de Saúde do estado do Paraná aponta que cerca de 15% dos casos de Leptospirose evoluem para a fase tardia, e é nesse momento que o risco de morte é maior.
Tratamento da Leptospirose
O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico constante. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda a pessoas expostas a alguma situação de risco ou que estejam sentindo sintomas da fase precoce, que busquem o serviço de saúde e relatem os sintomas.
Já que é uma doença bacteriana, o tratamento ocorre com antibióticos. Contudo, a automedicação não é indicada nesse e em nenhum tratamento que envolva esse tipo de medicamento. O antibiótico para tratamento da leptospirose tende a ser mais eficaz na primeira semana do começo dos sintomas.
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Por fim, o tratamento da fase precoce tende a ser apenas ambulatorial, acompanhando e ministrando remédios. Porém, em casos graves, a internação deve ser imediata buscando diminuir o risco de morte.