Os servidores públicos de Joinville tentam nesta quinta-feira, às 9h30, em reunião com a Prefeitura, um acordo para evitar a paralisação das atividades. A categoria avaliará uma possível nova proposta do governo municipal para então deliberar se entrará ou não em greve. Em assembleia realizada na semana passada, os servidores decidiram, por unanimidade, decretar estado de greve.
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O Sindicato dos Servidores de Joinville (Sinsej) rejeitou a última proposta feita pela Prefeitura para a campanha salarial deste ano, a qual previa reposição parcelada de 8,34% até dezembro. O percentual proposto é a inflação medida pelo INPC entre março de 2014 e março deste ano.
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O consenso entre as duas partes é de que se houver flexibilidade na quinta e última rodada de negociação existe a possibilidade de acordo, descartando-se a alternativa de greve. O prefeito Udo Döhler reconhece a dificuldade para se chegar a um “denominador comum” com a categoria.
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Na pauta de reivindicações do Sinsej está a reposição da inflação, mais um ganho real de 5%. A direção do sindicato também considera importante a reposição imediata da inflação, em vez do parcelamento em oito meses, como sugere a Prefeitura. Até agora, quatro rodadas de negociação foram realizadas desde que o Sinsej entregou a pauta de reivindicações à Prefeitura, em abril.
– Apesar de o prefeito estar repondo, aparentemente, o que perdemos, o simples fato de parcelar a inflação gera prejuízos, ainda mais em tantas vezes – ressaltou na última assembleia o presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter.
O governo propôs reajuste pela inflação no período, de 8,34%, parcelado em oito vezes, e ofereceu outros quatro avanços isolados – dois dos quais, acordos de greves passadas ainda não cumpridos.
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A categoria pede também a equiparação do valor do vale-alimentação concedido ao da Companhia Águas de Joinville; respeito ao piso nacional do magistério; adicional por formação e qualificação a todos os servidores; entre outros. Ao todo, o documento contém 20 cláusulas econômicas e 12 sociais.
– É preciso que haja flexibilidade de ambas as partes. O sindicato recolhe as nossas propostas e as leva para a assembleia, mas não necessariamente nos oferece uma contraproposta. É difícil negociar assim, por mais que o sindicato esteja gozando de seus direitos – ressalta o prefeito.