Confira o artigo de Ana Carolina Brüske, diretora de Meio Ambiente do Sinduscon – Joinville, escrito para o Dia do Meio Ambiente

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“A preocupação com a diminuição da geração dos resíduos da construção civil é uma constante nas ações do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Joinville. O volume gerado se deve, em grande parte, às perdas de materiais de construção nas obras, por meio do desperdício durante o seu processo de execução, assim como pelos restos de materiais que são perdidos por danos no recebimento, transporte e armazenamento.

Com isso, é imprescindível a adoção de técnicas previamente planejadas fornecendo as diretrizes e as soluções para sua minimização. Conceitos como “reduzir, reutilizar e reciclar” são as premissas básicas para a realização de um programa que vise a uma relação mais harmônica entre a necessidade do consumo de matérias-primas e o meio ambiente.

Durante o licenciamento das obras de construção civil, é realizado um plano de gerenciamento de resíduos, o qual deve ser cumprido à risca durante a execução da obra. A fiscalização dos órgãos competentes é constante no canteiro de obras, e a emissão da licença de operação só ocorre com o cumprimento do plano de gerenciamento de resíduos.

Segundo a resolução Conama 307/02, resíduos como cacos de tijolos, blocos, telhas, argamassa e concreto são classificados como classe A, ou seja, são materiais inertes e não perigosos, e podem ser reutilizados na forma de agregados. E a melhor parte disso é que este número representa cerca de 90% dos resíduos gerados, passíveis de reaproveitamento. Isto pode, facilmente, ser traduzido em economia financeira para as obras, redução de impactos ambientais e uso racional dos espaços hoje disponíveis nos aterros industriais. Entendemos que os aterros são a última opção e devem ser destinados aos materiais para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam sua reciclagem ou recuperação, bem como aqueles considerados perigosos.”

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