A Síndrome das Pernas Inquietas (SIP) é um distúrbio caracterizado por desconforto nas pernas e necessidade intensa de movimentá-las principalmente próximo da hora de dormir. Segundo o neurologista Leandro Teles, uma das principais consequências da síndrome é na qualidade do sono.

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– Os sintomas costumam ser intensos à noite e a criança tende a apresentar dificuldade em iniciar o sono. Como consequência, ela fica mais sonolenta, cansada, indisposta e irritada no dia seguinte – explica.

A causa da síndrome ainda não é completamente conhecida. Acredita-se que haja importante contribuição genética (principalmente se a mãe tem sintomas parecidos), podendo existir alguns determinantes ambientais.

– Anemia, baixa reserva de ferro, gravidez, doenças renais, disfunção dos nervos periféricos, entre outras situações clínicas específicas, podem explicar, ao menos em parte, alguns casos na população geral – afirma Teles.

Atenção aos sinais

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Segundo o neurologista, os pais devem prestar atenção no padrão inicial de sono da criança, se a criança se mexe muito à noite, se tira o lençol ou acorda de cabeça para baixo, por exemplo.

– Lembre-se que pode não ser manha e, sim, sintomas da síndrome das pernas inquietas – Teles.

O diagnóstico de SPI é feito através da história clínica e da descrição das sensações. Ainda não há exames laboratoriais que confirmem o diagnóstico, mas existem alguns exames que podem ser feitos para afastar outras doenças ou investigar associação com depósito baixo de ferro ou mesmo anemia, evento muito comum que pode alterar o tratamento.

A síndrome das pernas inquietas na infância pode facilmente passar sem diagnóstico correto e os sintomas podem ser atribuídos a outras causas, tais como: ansiedade, hiperatividade, insônia infantil e até dores do crescimento (levando a condutas inadequadas).

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O tratamento busca melhorar os sintomas por meio de mudanças de hábitos e, eventualmente, medicamentos.

– Estabelecer uma boa rotina de sono, praticar exercícios físicos, tratar as disfunções associadas e, em casos selecionados, aliar medicamentos apropriados, trazem geralmente bons resultados na maioria dos casos – sugere Teles.