Os principais sindicatos italianos convocaram nesta segunda-feira uma greve unitária de três horas contra as medidas de rigor e austeridade, e contra a reforma das aposentadorias, enquanto o governo de Mario Monti realiza uma nova emissão de papéis de dívida pública.
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Em verdadeiro pé de guerra, a Confederação Geral do Trabalho (CGIL), a Confederação Italiana de Sindicatos (CISL) e a União Italiana do Trabalho (UIL) convocaram seus afiliados a interromper o trabalho durante três horas, na primeira convocação unitária em seis anos. Manifestações públicas foram organizadas em toda a Itália e, em particular, diante do Parlamento, em Roma, onde os líderes das organizações sindicais devem pronunciar discursos durante a tarde.
– Estamos diante de uma situação de extrema gravidade no plano social. Os trabalhadores e os aposentados são as categorias que pagarão o preço mais alto por esta crise – disse Susanna Camusso, secretária-geral do CGIL, o principal sindicato do país.
Na noite de domingo, o presidente Monti, que durante a semana passada afirmou que a única alternativa ao seu plano de austeridade era o fracasso, recebeu representantes das três entidades trabalhadoras. Neste encontro, Monti lembrou aos líderes dos sindicatos a “situação de extrema urgência financeira” que a Itália vive, afundada em uma colossal dívida que representa cerca de 120% de seu PIB.
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