Os sindicatos de Joinville reivindicam salários que acompanhem a inflação, pois alegam que o valor pago aos trabalhadores não é suficiente para cobrir as despesas. A crítica usa como contexto o baixo poder de aquisição dos empregados diante do encarecimento de produtos básicos como alimentos, gás de cozinha e combustível.

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De acordo com dados divulgados em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil está há um semestre com inflação ao consumidor acumulada acima de 10%.

Em entrevista à NSC TV Joinville, organizações como Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville (Sinsej), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mecânica de Joinville e Região (SindMecânicos) e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas e Eletricistas de Joinville (STIMEJ), solicitaram uma valorização salarial aos integrantes de as categorias.

A presidente do Sinsej, Jane Becker, informou que a média de salário do servidor municipal de Joinville é de R$ 3,8 mil, mas há trabalhadores que ganham R$ 1,7 mil, ou seja, menos da metade. Ela afirma que o reajuste salarial é necessário para recompor o poder de compra.

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– Como uma pessoa vai se sustentar recebendo um salário tão baixo com o preço das coisas num valor tão alto? A gente precisa urgente de uma reposição salarial, com ganho real de salário – critica.

Poder de compra ficou menor para os trabalhadores

João Bruggmann, presidente do SindMecânicos, afirma que a categoria busca não apenas uma reposição integral da mão de obra, mas também o ganho real, que é quando o aumento do salário supera a inflação.

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Segundo o presidente do STIMEJ, Rodolfo de Ramos, a grande maioria dos operários tem renda familiar abaixo de três salários mínimos, e o poder de compra caiu drasticamente nos últimos meses devido aos aumentos nos combustíveis, gás e alimentos.

– As famílias têm deixado de pagar os impostos dos veículos, da casa, cortando muitos outros custos para manter o básico, que é alimentação e moradia – comenta.

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O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontou, no mês passado, que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.012,18.

Sob supervisão de Hassan Farias

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