O Brasil vive uma forte crise econômica, e 2016 não foi um ano fácil para a maioria dos brasileiros. O País entrou em 2017 com mais de 12 milhões de desempregados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar do cenário negativo, os sindicatos de trabalhadores de Joinville estão esperançosos de que o novo ano seja melhor e que a economia comece a se recuperar.
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Material Plástico de Joinville, Silvio de Souza, afirma que o ano passado não foi fácil e que o setor viveu muitas demissões. Cerca de 2,5 mil pessoas perderam o emprego. No entanto, o número foi 24% menor do que os desligamentos registrados no ano anterior. Segundo Silvio, 2016 foi ruim, mas não tanto quanto o esperado.
– A expectativa é de melhore com o governo abrindo linha de crédito e tomando algumas posições que devem melhorar a economia, mas a expectativa mesmo é só para 2018 – opina.
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No Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Joinville, os funcionários também tiveram um ano difícil. Segundo o presidente Sigmar Ziehlsdorff, uma particularidade das empresas da construção civil é que elas não dão férias quando a produção diminui. A saída é demitir porque não há perspectivas de novas obras. De acordo com Ziehlsdorff, as grandes construtoras que estavam a todo vapor reduziram os trabalhos em 40%.
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– Temos obras para começar, mas há alvarás que não saem. A sorte é que vem a obra da GM (General Motors), que parece estar começando e contratando gente, mas, no geral, está bem parado. A gente escuta e tem esperança de que melhore em 2017 – explica.
Olhar positivo
Outros sindicatos têm uma visão mais positiva sobre o ano que passou. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Mecânica de Joinville e Região, Evangelista dos Santos, diz que o índice de desemprego tem aumentado, mas é necessário fazer uma avaliação dessa estatística com cautela. Segundo ele, muitas empresas estão substituindo empregados.
– As empresas estão demitindo trabalhadores que ganham um pouco mais e admitindo trabalhadores com salários menores – ressalta.
Para o sindicalista, esta é a primeira grande crise econômica pela qual passa o Brasil e não será a última. Evangelista acredita que esse é um ciclo e que nem todo ruim é para sempre. De acordo com ele, 2017 deve ser melhor, principalmente, por causa da oferta de trabalho que algumas empresas vão abrir durante o ano.
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Têxtil de Joinville, Livino Steffens, vai além e diz que o ano passado foi até bom para a categoria, com menos dispensas do que o esperado, com todos os pagamentos em dia e negociações salariais com ganho real para os trabalhadores.
– É a tendência e tenho esperança de que em 2017 as coisas vão melhorar.
Área por área
MECÂNICOS
12 mil
trabalhadores
PLÁSTICOS
12 mil
trabalhadores
CONSTRUÇÃO CIVIL
6 mil
trabalhadores
TÊXTIL
6 mil
trabalhadores