A greve geral nacional, que pretende levar trabalhadores do país inteiro às ruas nesta quinta-feira, deve ter reflexos também em Santa Catarina. Cinco grandes atos, um em cada região, estão sendo programados pelas centrais sindicais. Há o anúncio de escolas e postos de saúde fechados, além do bloqueio de rodovias.
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Em Florianópolis, a concentração está prevista para as 13h na Praça Tancredo Neves, em frente à Assembleia Legislativa. Às 15h, os manifestantes saem em caminhada pelas principais ruas da cidade, passando pela Câmara de Vereadores e gabinete do prefeito, até chegar ao Terminal de Integração do Centro (Ticen).
No mesmo horário, em Chapecó, outro grupo planeja se encontrar em frente à antiga Sadia, às 13h, e sair em passeata até o Centro, a partir das 15h.
Em Laguna, a intenção dos manifestantes é fechar a ponte de Cabeçudas, na BR-101, principal ligação rodoviária da região Sul do Estado. O protesto ocorre a partir das 15h
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No Norte do Estado há previsão de fechamento das BRs 101 e 470, entre Itajaí e Blumenau, a partir das 13h.
Há intenção de fechar estradas também na Serra em dois momentos do dia – na altura do pedágio de Correia Pinto, na BR-116. O primeiro, pela manhã, está marcado para as 9h, com integrantes da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O segundo, a partir das 13h, será um ato unificado, com a presença de diversos sindicatos.
– Todos os protestos em rodovias não devem durar mais do que uma hora e 15 minutos. Queremos chamar a atenção, mas não atrapalhar a rotina de outros trabalhadores – diz o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Estado, Neudi Giachini, que não descarta o fechamento do túnel Antonieta de Barros e nem das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo, em Florianópolis.
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À frente do protesto estão seis centrais sindicais de Santa Catarina: a CUT, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Sindical e Popular (CSP/Conlutas), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central e a Força Sindical.
Na pauta, nove grandes reivindicações nacionais em prol da classe trabalhadora serão levadas às ruas – além de pedidos específicos, de cada categoria sindical. Entre elas, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem alteração de salário, a mais antiga das reivindicações, com 25 anos. Além desta, também serão reivindicados o fim do fator previdenciário; a regulamentação da Convenção 151, da Organização Internacional do Trabalho (OIT); a valorização das aposentadorias, a reforma agrária e urbana, o fim dos leilões do petróleo e contra o projeto de lei 4.330 (sobre terceirização de serviços públicos) e mais investimentos em saúde, educação e segurança e um transporte público de qualidade.
Os principais sindicatos de Santa Catarina planejam participar do ato. Entre eles o dos trabalhadores do serviço público municipal da Capital (Sintrasem), um dos únicos que se organiza para um protesto próprio antes da concentração geral.
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Eles marcaram de se encontrar às 7h na Comcap, no Estreito, e depois seguir para a Praça Tancredo Neves, no Centro, onde haverá assembleia e palestras ao longo da manhã.