Com o anúncio feito pelo prefeito Gean Loureiro nesta manhã de enviar para a Câmara de Florianópolis um novo projeto de lei (PL) com mudanças no plano de carreira dos servidores, a greve na Capital ganhou um novo capítulo. Agora, o sindicato pretende avaliar a proposição para se manifestar “a rigor e com detalhes” aos trabalhadores. No entanto, mesmo sem saber a íntegra da proposta, de acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), Alex Santos, a PL ainda corta direitos da categoria. Confira a entrevista com a posição do sindicato:

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O sindicato já foi informado do projeto com mudanças na lei que suspendeu plano de carreira e cortou benefícios? Já sabem o conteúdo?

A gente recebeu um ofício no fim da tarde de ontem. Eu não estava no sindicato e só vi hoje pela manhã. Nós só vamos nos manifestar a rigor e com detalhes quando a gente conseguir ler. Aí a gente vai soltar um documento para a categoria. (O novo projeto) é menos pior, mas continua cortando direitos.

A prefeitura disse que apresentou os 11 pontos para o sindicato como proposta, mas o sindicato não repassou isso aos servidores. Chegou algum proposta para vocês?

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Houve conversas, mas ele não apresentou nenhuma proposta. Proposta é documento, negociação tem que ser documentada. A gente só conversou com a comissão.

Houve conversas, mas nada ficou decidido com documentação, é isso?

Do ponto de vista de uma negociação, conversar não é resposta e não é negociação, isso é falar. Nas negociações saem documentos.

O Ministério Público entrou em contato com o sindicato dando prazo para os professores voltarem às aulas até hoje…

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Isso está equivocado. De oficial, o Ministério Público enviou um pedido solicitando informações até 48h para nós entregarmos para ele a resposta.

O que o documento solicita?

Para a gente apresentar documentos em defesa da nossa tese. Até segunda-feira nós vamos enviar as informações.

O projeto de lei agora vai para a Câmara. Como andam as negociações com os vereadores?

Não tem negociação com os vereadores. O presidente da Câmara estava nas reuniões com o sindicato e a prefeitura, e eles mesmos viram que o prefeito estava equivocado em alguns pontos, mas não tem negociação com a Câmara. Agora, o projeto vai para a Câmara e vai cair na mão dos vereadores, e ela vai ter que resolver essa bomba.

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