Mais de 3 mil ligações já foram recebidas pelo Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro (Sated-RJ) em pouco mais de 24 horas a respeito da possível escalação da influenciadora Jade Picon na próxima novela das nove da Globo. Filiados e não filiados pedem esclarecimentos e cobram uma posição da entidade a respeito da participação da jovem em “Travessia”, trama escrita por Glória Perez e que substituirá “Pantanal”, em outubro.
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A ex-BBB, que acumula mais de 20 milhões de seguidores no Instagram, não tem registro profissional da categoria, o DRT, nem deu entrada no último ano com qualquer pedido de autorização provisória de atuação na categoria.
— O sindicato está de olho e posso garantir: não tem registro, não trabalha. Não existe nada contra a Jade Picon, particularmente, mas temos que proteger a nossa categoria. Não estamos aqui para impedir o trabalho de ninguém, mas o que não pode é uma pessoa que vem da mídia se achar no direito de tomar o espaço de um profissional de atuação. Nem que tenhamos que ir à Justiça, mas ela não vai trabalhar na novela — afirma Hugo Gross, presidente do Sated-RJ.
Há 15 anos na presidência do sindicato, Hugo Gross confessou que até hoje batalha por trabalhos em novelas na Globo – a última produção da qual fez parte foi “Aquele Beijo” (2011) – e se mostrou indignado com a escalação de Jade.
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— Se eu não tenho seguidores, eu não posso atuar na minha profissão? Como é isso? Não tenho vergonha de assumir que continuo na batalha, sigo pedindo oportunidades e, por isso, nós vamos ficar em cima, sim. Já conversei com a emissora, notifiquei que ela não tinha DRT e me disseram que ela tinha registro de modelo. Mas registro de modelo não serve — esclarece.
Hugo também falou da permissão especial para a também ex-BBB Rafa Kalimann atuar na série da Globoplay “Rensga Hits!”, gravada no ano passado, mas ainda sem previsão de estreia na streaming.
— A Rafa Kalimann fez vários cursos de teatro ao longo de sua vida e ainda apresentou uma autorização específica para aquele determinado personagem. Cada caso é um caso e a gente sabe que isso aconteceu no passado com a Grazi Massafera, por exemplo, mas foi outra época. Não posso responder pelos meus antecessores. Hoje, o meu papel é proteger a categoria e é isso que eu vou fazer. Já conversei com presidentes de outros sindicatos e estamos fechados. Não vamos deixar mais isso acontecer. Existe um quadro com profissionais disponíveis no mercado e todos com registros. Por que não pegam esses artistas e dão trabalho? Não estamos aqui para atrapalhar a vida de ninguém, estamos para cumprir a lei. Sem registro profissional, a Jade não trabalha — finaliza.
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