Após paralisar a atividade dos ônibus da empresa Transol na manhã desta quarta-feira, o Sindicato do Trabalhadores do Transporte Urbano (Sintraturb) promete nova paralisação a partir das 15h, mas desta vez interrompendo totalmente a circulação de ônibus da Capital. Além da Transol, as demais empresas integrantes do Consórcio Fênix, Canasvieiras, Emflotur, Estrela e Insular, também devem ficar paradas até as 17h desta quarta-feira.

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De acordo com o secretário de Comunicação e Imprensa do Sintraturb, Dionísio Linder, durante o período os trabalhadores participarão de manifestação no Ticen. A categoria tenta pressionar sindicato patronal e prefeitura a manterem na pauta de discussões a manutenção dos cobradores das empresas. Em reunião realizada na tarde desta terça-feira, segundo Linder, essa condição foi retirada, o que inviabiliza qualquer negociação.

O movimento também integra a agenda nacional de mobilizações contra o projeto de lei que regulamenta a terceirização de mão de obra no Brasil. Na Capital, o ato será promovido pela CUT/SC, às 16h, no largo da Catedral. Segundo o sindicato, não há outras paralisações previstas para esta semana em Florianópolis.

– Não temos a intenção de realizar novas paralisações, e sim de se reunir para debater a possibilidade de greve, mas ainda não há data definida – esclarece Linder.

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Na manhã desta quarta-feira, somente a empresa Transol foi afetada. Apesar de os ônibus começarem a deixar a garagem da empresa pouco após as 7h, usuários reclamam que os veículos demoraram a chegar aos terminais e muitas vezes passaram pelos pontos com letreiros desligados, sem embarcar passageiros.

No Ticen, a maioria das linhas teve a primeira partida do dia após as 8h. A plataforma A do terminal chegou a ser bloqueada por usuários durante dez minutos, e foi liberada após a chegada dos primeiros ônibus.

A prefeitura se manifestou através de nota: “a prefeitura de Florianópolis repudia de forma veemente a paralisação no transporte coletivo registrada nesta quarta-feira. Ato covarde e ilegal, a paralisação fere o direito constitucional de ir e vir da população usuária e não encontra amparo na legislação trabalhista“.

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O Consórcio Fênix também se manifestou por meio de nota que repúdia a paralisação desta manhã. Eles também lamentaram pelo incomodo à população e reafirmou a incapacidade de evitar tais manifestações: “O Consórcio Fênix repudia a paralisação que impediu a circulação de parte da frota na manhã desta quarta-feira (15), entre 4h30 e 7h05, prejudicando todo o sistema municipal de transporte coletivo (…). O Consórcio Fênix não consegue evitar tais paralisações, que só podem ser impedidas pela Justiça do Trabalho e pela sensibilidade dos grevistas, caso adquiram a consciência de que o sofrimento da população em nada auxilia na negociação salarial da categoria”

Veja a movimentação em frente à garagem da empresa. Imagens: Guto Kuerten/Agência RBS: