Funcionários do consórcio Siga paralisaram as atividades por uma hora no terminal do Aterro, no início da tarde de sexta-feira, em protesto contra a falta de segurança. Eles alegam que o problema se repete nos seis terminais da cidade, mas o que culminou na manifestação foi a agressão sofrida por dois motoristas na noite anterior, após terem discutido com um grupo de rapazes que havia entrado no Aterro sem pagar a tarifa de embarque.

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::: Motorista de ônibus relata agressão que sofreu no terminal do Aterro

::: Funcionários contam que medo faz parte da rotina

Organizada pelo Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau (Sindetranscol), a manifestação começou às 13h30min e por uma hora nenhum ônibus deixou o terminal do Aterro. O único sinal de movimentação entre os veículos era o de coletivos que acabavam de chegar das viagens. Segundo o presidente do sindicato, Ari Germer, o principal objetivo do ato foi chamar a atenção para a insegurança. Caso não seja tomada nenhuma providência nos próximos dias, os funcionários ameaçam parar outros terminais já a partir desta semana.

– Vai ter aumento de passagem depois do dia 24, e cadê a segurança? Queremos uma solução para a falta de segurança em todos os terminais – dizia Germer ao microfone do carro de som, usado na manifestação.

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O presidente do sindicato também questionou a ausência de policiamento na região. Por volta de 14h30min, duas viaturas da Polícia Militar chegaram ao terminal para acompanhar a saída dos ônibus. A ameaça de novas paralisações em outros terminais, feita durante a fala de Germer, recebeu aplausos dos trabalhadores. Entre os usuários, muitos também acompanharam o grupo e aplaudiram a proposta.

Um dos que apoiam a manifestação é Hilário Krutzsch. Ele chega ao terminal do Aterro às 5h30min para pegar o ônibus que o leva ao trabalho. Quase sempre aos sábados se depara com jovens vindos de festas que acabam se envolvendo em brigas ali mesmo. Às vezes a confusão, ele conta, só termina com a presença da polícia.

– Concordo com a manifestação. Acho que tem de ter mais segurança. É um risco chegar de manhã cedo aqui, tem que ficar sempre atento – afirmou.

Mas a aprovação ao protesto não é unânime. Valdir Feliciano, funcionário no setor de terraplanagem, estava indignado com a paralisação do transporte coletivo. Às 14h30min ele já deveria estar de volta ao trabalho, após o intervalo para o almoço. Teve de voltar para o serviço atrasado e sem comer:

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– Somos apenas usuários do serviço, não temos nada a ver com isso. Está errado, todo mundo aqui sofrendo por causa dos outros. Eles têm de resolver isso com o Siga e o Seterb.