Baseada no artigo 100 da Lei Orgânica do município, que proíbe a doação, venda ou concessão de uso de qualquer fração dos parques, praças, jardins, praias, calçadas ou largos públicos, salvo pequenos espaços destinados à venda de jornais, revistas, “lambe-lambe” e instalação de equipamentos turísticos, a presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro, Bares e Restaurantes e Similares de Balneário Camboriú e região (Sechobar), Olga Ferreira, entrou na Justiça com uma ação civil pública pedindo a retirada das canchas de bocha da Praia Central de Balneário Camboriú.
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– Elas ocupam um lugar público. Nelas só podem jogar os mensalistas cadastrados. Ninguém da comunidade, nem mesmo um turista consegue jogar em qualquer uma das canchas – defende Olga.
Ela ainda comparou a reserva de espaço à realizada pelos vendedores de milhos e churros, que colocam cadeiras e guarda-sóis na faixa de areia, também de forma ilegal.
A ação surgiu pela intenção da Secretaria de Planejamento Urbano em retirar o estacionamento do lado direito da Avenida Atlântica para fazer uma ciclovia.
– Não somos contra a ciclovia. Mas os empresários e os trabalhadores não podem ser prejudicados. Há muitos anos movimentam a economia do município – esclarece Olga, preocupada com a queda no movimento dos restaurantes e bares.
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Trabalhadores e empresários organizam uma manifestação na Avenida Atlântica para chamar a atenção da comunidade e do poder público sobre o prejuízo que todos vão ter caso as 210 vagas sejam mesmo retiradas da Avenida Atlântica.
– Há alguns meses esse assunto foi discutido entre administração pública e empresários, na ocasião ficou acordado uma nova reunião para discutir o assunto, mas ela não aconteceu.