O Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública (Sinte/SC) enviou ofício à Secretaria de Estado da Educação, notificando sobre a greve dos professores da rede estadual. O início da paralisação dos professores foi definida para a próxima terça-feira. O Sindicato alega que o governo deveria ter apresentado uma contraproposta na última semana e como não teria havido qualquer sinalização, decidiu por deflagrar a greve.
Continua depois da publicidade
A secretaria de Educação se manifestou em nota, afirmando que considera o ofício um rompimento unilateral, por parte do Sinte, das negociações em um momento de avanços e de diálogo aberto. A Secretaria reiterou “que a deflagração de uma greve neste momento prejudica sensivelmente o processo de construção da nova carreira e somente trará prejuízos para os estudantes, seus familiares e a sociedade catarinense”.
::: Parte da nota da Secretaria de Educação:
“Em respeito a mesa de negociações, foi utilizada uma semana para realizar as simulações relativas à proposta apresentada pelo Sinte. A proposta comprovou-se totalmente inviável já que seu custo de implementação elevaria a folha de pagamento do magistério em mais de R$ 2 bilhões.
Continua depois da publicidade
Segundo secretário da Educação, Eduardo Deschamps, neste momento, estão sendo finalizadas as simulações, contemplando: nova forma de enquadramento na nova carreira, em especial dos professores inativos; e equivalência da remuneração dos ACTs com os níveis iniciais de carreira”.
::: Notificação oficial encaminhada pelo Sinte-SC:
“De acordo com o que determina o estatuto do SINTE/SC em seu Art. 22 e seguintes, foi convocada Assembleia Estadual dos Trabalhadores em Educação para o dia 10/03/2015, a qual decidiu pela deflagração de greve a partir do dia 24/03/2015.
Por tal razão, seguindo o que determina o Art 3º, parágrafo único da Lei Federal 7.783/1989, vimos através deste NOTIFICAR esta secretaria que será deflagrada greve geral dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública de Ensino do Estado de SC a partir do dia 24/03/2015″.
Continua depois da publicidade
::: Fique por dentro
A MP 198 fixa a remuneração básica do professor admitido em caráter temporário (ACTs) e foi baixada pelo governador Raimundo Colombo (PSD) em fevereiro. Os professores são contrários à medida porque, segundo a categoria, acaba com a gratificação por regência de classe e transforma professores ACTs em horistas. Já a
Secretaria do Estado de Educação (SED) discorda e afirma que a gratificação deve ser incorporada ao salário, e que os professores continuarão recebendo por hora-atividade ao preparar materiais fora da sala de aula.
Leia mais:
:: Bloco de Notas: reação é amostra da pressão contra reformas de Colombo
:: Governo apresenta Plano de Carreira com nova tabela salarial
:: Moacir Pereira: professores indignados com a Medida Provisória