Os trabalhadores têxteis de Blumenau estão em estado de greve. A decisão foi tomada em uma reunião nesta terça-feira comandada pela diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial (Sintrafite). A principal reivindicação é a falta de negociações e respostas do sindicato patronal. De acordo com o Sintrafite, foi realizada apenas uma rodada de negociações entre patrões e trabalhadores.
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Paralisações poderão ocorrer durante a semana, mas o sindicato ainda não definiu as datas das mobilizações. Nas próximas semanas o sindicato estará na frente das principais fábricas da cidade para comunicar os trabalhadores sobre o estado de greve.
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“Fazem mais de 20 dias que esperamos uma nova resposta. Durante toda a semana passada fizemos assembleias em porta de fabrica e a insatisfação do trabalhador só aumentou. Foi por unanimidade a rejeição dos 6,35% de reajuste. O patronal se reuniu ontem com as principais empresas da cidade, porém não fez nenhuma nova proposta. Definiu apenas uma nova reunião para dia 16 de outubro”, disse parte da nota divulgada nesta terça-feira no site do sindicato.
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O Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex) foi procurado pela reportagem do Santa e através da assessoria de imprensa informou que não iria se manifestar pois ainda não teria sido comunicado oficialmente sobre a situação.
Sintrafite rejeita primeira proposta
A primeira proposta dos empregadores previa auxílio creche de R$ 181,00 com comprovação e R$ 128,00 sem comprovação. A categoria de trabalhadores reivindica piso salarial de R$ 1,4 mil e reajuste salarial de 12%, além de auxílio creche no valor de R$ 250,00 com comprovação e R$ 200,00 sem comprovação. Licença maternidade de seis meses, gratuidade do vale-transporte, redução na jornada de trabalho sem a redução de salário (sábados e domingos livres) e multa em caso de atraso no pagamento de salário também integram a lista dos trabalhadores.