A queda de dois trabalhadores de uma altura de aproximadamente seis metros – que causou a morte de um deles – levantou o alerta sobre a segurança nos canteiros de obras da construção civil de Brusque. Na manhã de sexta-feira, dia 16, o pedreiro Adenir Griga, 41, morreu enquanto trabalhava na construção de uma residência no Bairro São Luiz.

Continua depois da publicidade

::: Homem morre após cair de uma altura de sete metros em Brusque

Na manhã desta segunda-feira uma equipe do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Busque e região (Sintricomb) esteve no local para levantar informações sobre o fato e tomar as medidas legais sobre a responsabilidade do acidente.

Segundo o sindicato, Griga trabalhava na colocação de material sobre o teto da obra quando caiu. Antes de atingir o solo, teria batido em uma estrutura de concreto e um ferro. Marcio Veiga do Prado também caiu, fraturou a bacia e teve outros ferimentos pelo corpo. Ele está internado no Hospital Azambuja desde o dia do acidente. Nesta segunda-feira realizou uma cirurgia para recuperar uma fratura exposta no pé e na próxima terça-feira deve passar por novo procedimento.

O presidente do Sintricomb, Izaias Otaviano, afirma que uma equipe de vistoria da entidade, formada por técnicos em segurança do trabalho, esteve na obra no início do mês e detectou a ausência de equipamentos de segurança para uso dos trabalhadores. O grupo fez as orientações e retornou uma semana depois para verificar se as solicitações haviam sido cumpridas.

Continua depois da publicidade

– No dia 3 fomos na obra, conversamos com esse trabalhador que sofreu o acidente. Dia 14 voltamos nessa obra, por identificarmos que era uma obra de risco. Só que, infelizmente, os dois trabalhadores não estavam usando os equipamentos no momento do acidente – disse

Treinamento

Otaviano chama atenção para os riscos de se desenvolver atividades em altura sem uso dos equipamentos de proteção

– Essa é uma dificuldade que viemos encontrando. E é uma dificuldade que os patrões vêm encontrando de fazer com que os trabalhadores usem os equipamentos. O que tem que fazer? Treinar esses trabalhadores – disse.

De acordo com o presidente do sindicato, somente entre 2013 e 2014 mais de 2,5 profissionais passaram por treinamento na entidade sobre uso de equipamentos de proteção. No ano passado não houvesse nenhuma morte no setor no município.

Continua depois da publicidade