Sindicato dos Servidores de Joinville quer negociar com Prefeitura

O Sindicato dos Servidores Públicos de Joinville, em greve desde o dia 10 de maio, começa a ceder nas reivindicações e apresenta, na tarde desta sexta-feira, uma contraproposta para o governo. Um dos pontos de maior atrito, o reajuste, será alterado. Os servidores ainda pedem a recuperação da inflação do ano passado, mas aceitam parcelar os 5%. A expectativa é de que se estabeleça o diálogo com o governo.

Na manhã desta sexta, manifestantes voltaram para frente da Prefeitura e à tarde os comandos irão conversar para que mais pessoas possam aderir à paralisação. Em discurso, o presidente do sindicato, Ulrich Beathalter, deixou claro que está disposto a negociar. O que não será possível segundo o chefe de gabinete, Eduardo Dalbosco.

– A Prefeitura reitera que quer o fim da greve para negociar -, reafirma.

Segundo Dalbosco, nas condições financeiras em que o Governo Municipal se encontra, não há possibilidade de dar reajuste em maio, seja qual for o valor. Sobre o parcelamento dos 5% além da inflação, o chefe de gabinete não considera uma contraproposta.

– A proposta é a mesma -, diz.

As reuniões do comando de greve continuam, inclusive no fim de semana. Um dos servidores, anunciou Ulrich, começará a fazer greve de fome a partir de segunda-feira.

– Se acontecer alguma coisa com algum servidor, a culpa a gente sabe de quem é -, destacou o presidente do sindicato.

Enquanto isso, o embate dos números continua. Segundo informações da Prefeitura, apenas 1,6 mil servidores estão paralisados. Já, conforme o sindicato, a quantidade de trabalhadores em greve está entre cinco e seis mil.

Grevistas são substituídos por temporários

Para suprir a falta dos profissionais que estão paralisados, o Hospital Municipal São José optou por contratar temporários. Sete técnicos de enfermagem assumiram nesta semana os postos dos grevistas por 30 dias e outros cinco devem ser contratados na próxima semana. Cada um receberá pelo mês trabalhado R$ 1.815,31.