Depois da morte de dois operários nas obras da Arena Amazônia, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil do Estado do Amazonas, Cícero Custódio, denunciou nesta segunda-feira a situação de turnos de trabalho exaustivos no estádio. Segundo o dirigente sindical, os operários cumprem jornadas de trabalho de até 18 horas.

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– Tem gente que pega às 7h da manhã de um dia e larga a 1h da manhã do dia seguinte. Tem tudo registrado no ponto. Mais de 40 operários vieram me relatar essa realidade. Eles dizem que são obrigados a ficar, senão tomam advertência. Isso tudo é reflexo da pressa de entregar o estádio.

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Na manhã desta segunda-feira, os cerca de 1,7 mil trabalhadores fizeram um protesto no canteiro de obras do estádio por melhores condições de trabalho. Além da carga horária, eles também reclamam da falta de equipamentos de segurança adequados e de alimentação ruim.

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As obras na cobertura estão paralisadas por ordem judicial, mas os operários também se recusam a trabalhar no local enquanto as garantias de segurança não forem confirmadas.

A vistoria do Ministério Público do Trabalho ainda está em andamento. Além de três procuradores do Amazonas, um perito técnico de Porto Velho (RO), auditores fiscais do Trabalho e representantes da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Amazonas também participam da vistoria.