Além da incerteza sobre as novas contratações, os funcionários ainda estão ligados às empresas que compõem o Consórcio Siga. Decididas a entrar com uma ação no poder Judiciário para anular o decreto do prefeito Napoleão Bernardes que colocou fim à concessão pública, as três empresas _ Glória, Rodovel e Verde Vale _ informaram que nenhum trabalhador será demitido agora.
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– Queremos suspender os efeitos do decreto. Seria um contrassenso dispensar o pessoal agora e, caso tenhamos uma resposta positiva do Judiciário, ter que recontratar os funcionários – explica o advogado do Siga, Antônio Carlos Marchiori.
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Sem uma data para que essa decisão seja tomada, Marchiori adianta que deve ingressar com a ação na Justiça comum ainda nesta semana. Com o pedido de urgência, o advogado acredita que a resposta, para o sim ou para o não, deve sair o mais breve possível.
Impedidos de serem contratados pela Piracicabana caso não forem dispensados das atuais empresas, os trabalhadores dependem agora da atuação do sindicado. Segundo o discurso do assessor Ricardo Freitas, se a situação se manter assim, o sindicato vai entrar com ações individuais na Justiça para garantir as demissões de trabalhadores como cobrador da bilheteria do Terminal do Garcia, Almir Zimmermann.
Funcionário da Glória há um ano e com o pagamento atrasado desde dezembro, Almir aceitou a ajuda da filha, de 17 anos, que com o salário de Menor Aprendiz consegue pagar as conta de água e luz.
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– Quero continuar trabalhando com o transporte. Gosto do que faço, apesar de já ter visto um colega ser assaltado na bilheteria – conta.
Como a Glória não cumpre com parte das obrigações trabalhistas dos funcionários há pelo menos três anos, Almir, que é funcionário da empresa, não terá como sacar o fundo de garantia, caso seja demitido. Tendo em vista a situação de Almir e de tantos outros funcionários, o Sindetranscol também anunciou durante a assembleia que, para garantir o pagamento destes direitos aos funcionários, já entrou com ações para apreender os bens das empresas e também os bens pessoas dos empresários.