O sindicato de vans e micro-ônibus de Florianópolis decidiu, em assembleia, que não vai oferecer o serviço de transporte de forma emergencial nesta sexta-feira (14), quando trabalhadores do transporte coletivo vão aderir à Greve Geral.

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Na noite desta quinta (13), a prefeitura da Capital emitiu uma nota em que se dizia surpresa, já que houve uma reunião com o sindicato dos motoristas autônomos e contava com o serviço da categoria para amenizar os efeitos da paralisação.

"Reunido nesta tarde com a direção do sindicato da categoria, o secretário de Transportes e Mobilidade, Michel Mittmann, recebeu a confirmação da operação em caráter emergencial, com número de veículos e itinerários. Recebeu, portanto, com surpresa, na noite desta quinta-feira (13), a decisão da assembleia da categoria em não oferecer o serviço à população de Florianópolis ", diz trecho da nota.

Ainda de acordo com a prefeitura, é possível que alguns veículos ofereçam o serviço, por se tratar de trabalhadores autônomos, mas não no número previamente acertado com a administração municipal.

Sindicato diz que reivindicação não atendida motivou decisão

O presidente do Sindicato das Transportadoras Turísticas da Grande Florianópolis (Sintregf), Sandro Maurício Silveira, explica que na reunião com o secretário de Transportes e Mobilidade Urbana, foi definido que a ideia de colocar vans e micro-ônibus durante a greve do transporte coletivo seria levada à categoria.

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Em assembleia na tarde desta quinta-feira, no entanto, os motoristas de vans e micro-ônibus decidiram não aderir ao serviço emergencial. O motivo, segundo Silveira, é o fato de que a prefeitura não teria atendido uma reivindicação antiga da categoria, que seria a regulamentação de um projeto de lei que proibiria ônibus estrangeiros de pegar passageiros dentro de Florianópolis.

– Nós não somos a favor dessa greve. Particularmente, eu queria que a categoria trabalhasse para dar um voto de confiança à prefeitura, mas a maioria decidiu, a gente precisa acatar, sempre agimos dessa forma aqui no sindicato – reforça o presidente.

Se todas as vans, micro-ônibus e carros de transporte executivo de motoristas autônomos que são ligados ao sindicato estivessem na rua nesta sexta-feira, a expectativa do presidente é de que haveria 300 veículos fazendo o transporte. Apesar da decisão de não aderir, alguns motoristas ainda devem circular pela cidade, mas em número muito inferior – perto de 10% disso, em uma estimativa inicial do sindicato. Os veículos que circularem vão praticar os preços de R$ 7, para a região do Centro e Continente, e de R$ 9, para Norte, Sul e Leste da Ilha.

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