Sindicato anuncia paralisação de ônibus em Florianópolis às 8h

O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Urbano de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) convocou uma assembleia para às 8h30min desta terça-feira (29) no Centro da Capital. Por isso, conforme a entidade, os ônibus vão parar de circular a partir das 8h.

A proposta que será levada à assembleia é paralisar os ônibus das 8h às 11h, das 13h às 17h e depois das 20h.

Conforme o secretário de comunicação do Sintraturb, Deonísio Linder, o ato acontecerá em apoio aos caminhoneiros em greve há oito dias.Devido ao desabastecimento de combustível, os ônibus estão circulando com a tabela de sábado em Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu.

— Não dá para ficar como está a população ser transportada com horário de sábado, com ônibus superlotados, em que cinco seis horários tem que caber dentro de um horário só. Nossos trabalhadores e a população em geral estão sofrendo nesses ônibus para os patrões ganharem mais dinheiro — disse Linder.

A proposta do Sintraturb era operar com horários normais até as 8h, das 11h às 13h, e das 17h ás 20h, parando nos demais horários para economizar combustível.

O sindicato pede para a população se organizar para ir trabalhar e pegar ônibus antes das 8h. Conforme o dirigente do Sintraturb, na assembleia também será discutida pauta da categoria, como aposentadoria e a reforma trabalhista. A extensão da paralisação será definida pela assembleia.

Em nota, a Prefeitura de Florianópolis lamentou a decisão do Sintraturb. “A decisão veio depois de um intenso trabalho do executivo para garantir combustível para o transporte coletivo e oferecer o mínimo de serviço para a população. Nesta segunda-feira, apesar do horário de sábado, foram utilizados mais de 100 linhas extras para dar conta da demanda durante os horários de pico. Agrava-se a paralisação o fato de que a população não tem como abastecer veículos particulares, restringindo a capacidade de locomoção até mesmo de profissionais de emergência da saúde e segurança”.