Na semana em que o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, apresentou o edital para operação do novo sistema de transporte coletivo – o chamado Sistema Integrado de Mobilidade (SIM) -, é oportuno refletir sobre a importância do transporte público e a necessidade de priorizá-lo.

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Sabemos que é grande a expectativa em torno da licitação, mas temos conhecimento de causa para afirmar de que ela por si só pouco melhorará a mobilidade urbana na Capital e região metropolitana, o maior dos gargalos para que tenhamos um transporte público mais rápido e eficiente. O sistema está quase parando.

Em horários de pico e nos pontos congestionados, os coletivos trafegam em uma velocidade média de oito quilômetros/hora. Além das vias congestionadas, outra dificuldade dos motoristas dos coletivos é o difícil acesso a servidões e ruas estreitas. Esses são alguns dos entraves que precisam ser pensados e resolvidos, com vias só para os ônibus.

Outras iniciativas pelo mundo devem ser tomadas como referência, caso de Bogotá, na Colômbia, cidade com mais de 7,1 milhões de habitantes que priorizou o transporte de massa, estimulou bicicletas e restringiu carros na área central. As mudanças tornaram o sistema mais eficiente e atraíram novos usuários. É o que precisamos em Florianópolis, onde, desde 2006, quando foi criada a tarifa única, o número de passageiros diminuiu e a frota de ônibus aumentou.

Há uma década, 380 coletivos atendiam a Grande Florianópolis e transportavam 5,3 milhões de pessoas/mês. Hoje, são necessários mais de 100 veículos e o número de usuários é o mesmo. Este quadro precisa ser melhorado, sob pena de colapso docaótico trânsito metropolitano. A melhoria da mobilidade passa pelos ônibus, mas não existem soluções mágicas.

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