O sindicato dos motoristas e cobradores de Blumenau (Sindetranscol) convocou os funcionários da categoria para se reunir em assembleia na sexta-feira (22) e discutir o futuro da campanha salarial. Serão dois horários, às 9h e 15h, para facilitar a participação do maior número de trabalhadores.

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O presidente da categoria, Pradelino Moreira da Silva, explica que a possibilidade de aprovar estado de greve ou novas paralisações será discutidas durante a assembleia. Entretanto, ressalta que qualquer interrupção no serviço será avisado com antecedência à população.

Os temas estavam incluídos na pauta da última assembleia, em 4 de novembro. Porém, foram adiados porque a categoria considerou que o número de trabalhadores presentes era insuficiente para tomar uma decisão tão importante.

Desde a última assembleia, quando não foram aceitas as posições da Blumob, não houve nenhuma nova proposta para a categoria. Por conta disso, Pradelino afirma que é um momento importante pra definir os rumos da negociação da data-base dos trabalhadores do transporte coletivo.

O dirigente ainda falou sobre a liminar concedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT 12) à Blumob para que o sindicato não faça greves ou paralisações totais dos serviços de transporte coletivo em Blumenau. A decisão determina que os trabalhadores devem manter ao menos 90% da operação.

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O que a categoria quer

A base na negociação do Sindetranscol envolve o pedido de reajuste de 5% no salário categoria, e 10% no tíquete alimentação. O restante, conforme o sindicato, são "cláusulas sociais" e outras situações não financeiras, como a mudança da data-base da categoria, que foi no dia 1º de novembro, e a mudança na nomenclatura dos cobradores de ônibus para "agentes de bordo".

Relembre o caso

No dia 31 de outubro, os funcionários da Blumob cruzaram os braços das 3h30min às 6h da manhã. Nesse período os ônibus não deixaram os terminais do Garcia, Fonte, Proeb, Aterro, Fortaleza e Velha, pegando os passageiros de surpresa. O sindicato diz que o protesto foi motivado pela falta de negociação por parte dos patrões. A Blumob rebateu e chegou a emitir uma nota oficial (clique aqui para conferir o posicionamento da empresa na íntegra).