É provável que quem trafega à noite pelas rodovias BR-470 e SC-412 (Jorge Lacerda), não perceba, mas deixou de ter informações importantes sobre distâncias, indicações e velocidade permitida, por exemplo. Sob a penumbra da noite, as placas de sinalização sujas de pó não refletem com os faróis dos veículos. É como se as placas deixassem de existir.

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O principal risco que a sinalização suja oferece é a desinformação. O policial militar rodoviário Luís Valmor Schemato, que atua no posto da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) na SC-412 explica que as placas são fontes importantes de informação para o motorista que circula pela rodovia.

As principais reclamações feitas no posto da PMRv de quem passa pela Jorge Lacerda (entre Gaspar e a BR-101) é o mato encobrindo as placas e a falta de sinalização, tanto horizontal quanto vertical.

– O motorista é prejudicado porque ele deixa de saber o que é importante para trafegar com segurança na rodovia – ressalta Schemato.

O superintendente regional do Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Magno Vinícius Uba de Andrade, explica que o órgão reassumiu no início de janeiro a manutenção das rodovias estaduais, que antes estavam sob responsabilidade da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR).

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– Já começamos os trabalhos de manutenção, como roçada, tapa-buraco e limpeza das placas. As juntas das pontes serão limpas e receberão nova pintura. Algumas ilhas de segurança serão recuperadas. Na maioria das vezes, é usado um pano com querosene e água para recuperar a visibilidade das placas. Se elas tiverem perdido o poder refletivo, elas vão ser substituídas.

A situação se repete na BR-470. Mas as placas sujas somam-se aos sérios problemas de sinalização que o trecho entre o Litoral e o Alto Vale do Itajaí apresentam, explica Alan Odebrecht, policial rodoviário federal e membro da Comissão da Prevenção de Acidentes de Trânsito da Polícia Rodoviária Federal.

Odebrecht, que atua no posto da PRF em Blumenau, diz que a falta de sinalização é um dos principais fatores que levam aos acidentes. O mais marcante deles é a irresponsabilidade dos motoristas. O trecho urbano mais crítico é o Trevo do Celeiro do Vale, que carece de sinalização horizontal e vertical, segundo o policial rodoviário federal.

– Se a sinalização estivesse instalada de forma correta, com informações adequadas e com a manutenção em dia, certamente ajudaria a reduzir o número de acidentes -conclui Odebrecht.

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