O secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, deu ontem motivos suficientes para os cidadãos do seu país se sentirem muito preocupados.

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Hagel afirmou que as autoridades passaram por cima de alguns “sinais de alerta” que poderiam ter ajudado a evitar o tiroteio no complexo naval em Washington, no qual, na última segunda-feira, morreram 13 pessoas, incluindo o atirador.

– Obviamente, quando se faz uma retrospectiva e se observa o todo, havia alguns sinais de alerta, claro que havia – declarou Hagel em entrevista coletiva na qual anunciou uma revisão dos procedimentos de segurança em todas as bases militares americanas depois do sangrento tiroteio no complexo da marinha conhecido como Washington Navy Yard.

– E deveríamos ter captado isso? Como poderíamos ter feito isso? Por que não fizemos? Todas essas perguntas devem ser respondidas.

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Hagel foi adiante em suas declarações, deixando claro que está consternado com as falhas na segurança:

– Onde houve buracos, vamos fechá-los. Onde houve inadequações, vamos endireitá-las. E onde houve falhas, vamos corrigi-las. Devemos isso às vítimas, às suas famílias e ao nosso povo.

Indagado sobre o fato de o atirador possuir autorização para entrar na base, Hagel disse que a validade dos passes de segurança também será examinada.

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– Obviamente, quanto mais tempo as autorizações ficarem sem revisão, existe um risco maior. Não temos dúvidas disso.

O chefe do Pentágono anunciou ter ordenado uma revisão geral da segurança física das instalações, assim como dos procedimentos para investigar empregados terceirizados. Os questionamentos sobre a segurança interna surgiram depois que se soube que Aaron Alexis, o atirador, entrou na instalação porque possuía passe válido como empregado terceirizado da Defesa, apesar do histórico de má conduta na passagem pela marinha, envolvendo armas de fogo no passado e de ficha na polícia indicando que ele sofria de delírios severos.

Também ontem, a mãe do atirador pediu desculpas pela atitude do filho.

– Às famílias das vítimas, sinto muitíssimo pelo que aconteceu. Meu coração está arrasado – disse Cathleen Alexis em uma declaração lida no Brooklyn, Nova York – Aaron está em um lugar em que não pode mais fazer mal a ninguém, e por isso estou feliz.

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