Se existem lugares, coisas ou situações que conectam você, de corpo e alma, a sua essência mais profunda, cuide de preservá-los e de estar em contato com eles sempre que possível. Jamais aceite a desculpa do excesso de atividades ou de seu primo-irmão, a falta de tempo. Estes lugares/coisas/situações/ precisam ter prioridade nos seus dias: são seus oásis.
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Sim, porque esta palavra – que as aulas de geografia nos ensinaram a associar a regiões férteis do deserto, que contavam com o único insumo que, além do ar, é indispensável para garantir a vida animal e vegetal – ganhou, com o passar do tempo, um sentido muito mais amplo e profundo, de bem-estar, salvação e esperança.
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Uma vez que a água dos oásis originais ainda é um recurso disponível sem grande esforço para a maioria de nós, que habitamos as cidades, nossas grandes carências atendem por outros nomes. Como satisfação; tranquilidade; calma; sossego; conexão; paz de espírito. E outras condições que o leitor lembrar.
Por isso, são outros os tipos de oásis que buscamos nestas nossas jornadas. Aqueles que nos revelam a plenitude da vida e nos colocam frente a frente com aquilo que mais valorizamos no íntimo. Que recuperam nossa serenidade e nos fornecem a energia e a força necessárias para enfrentar batalhas e seguir em frente.
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Podemos alcançar um oásis pelo ouvido. Uma música com suas lembranças, o piar de uma coruja no silêncio das manhãs de domingo, o rebentar das ondas na beira da praia, o ritmado tilintar dos pingos de chuva no telhado do vizinho.
Às vezes, ele se apresenta pelo paladar. Como em uma receita cuja memória afetiva remete aos doces sabores de infância.
Em outras, somos tocados pela visão e pelas condições do eterno retorno a um ambiente onde nos sentimos íntegros, fortes, confortáveis e seguros.
Ou viajamos pela memória sob a inspiração de objetos que nos remetem a algo que já não têm vez no tempo e no espaço que habitamos. Mas que continuam lá, no interior da existência, nos confortando com o significado que um dia tiveram.
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Todos nós temos os nossos desconfortos e os respectivos oásis que os libertam. O importante é mantê-los por perto. Para reafirmarmos, com certa frequência, o compromisso com a vida que cada um de nós anseia. E merece.