Depois de meses de uma estiagem pouco comum, a chuva teria sido saudada com euforia, no último sábado, se não tivesse provocado alagamentos que impactaram a rotina de Joinville e dos cidadãos, atrasando, entre outras coisas, a costumeira entrega do jornal nas primeiras horas da manhã. A alternativa foi adiar o sagrado momento de entregar-se a folhear com calma a edição impressa, descobrindo o que acontece de novo na cidade. Um prazer cada vez mais raro nestes tempos de notícias online.
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Diante da capa, impossível não começar a leitura pela reportagem de Cláudia Morriesen sobre o nosso DNA, seguida de um alívio com as declarações de especialistas em clima: ainda somos a cidade da chuva, mesmo que o volume de precipitações oscile de um ano para o outro.
A manchete também promete: qual será o destino de prédios públicos há muito abandonados, como o Ginásio Ivan Rodrigues, antiga sede do Festival de Dança; a Escola Conselheiro Mafra, local que frequentei nos dias de eleição por muitos anos, e o antigo Fórum, uma das cicatrizes mais feias expostas no centro da cidade?
Confira notícias de Joinville.
Na sequência, é hora de conferir as atividades de final de semana… Descobrir que tem uma nova edição do (In)Consciente Coletivo, recortar a informação sobre o show gratuito que Renato Borghetti fará com a Orquestra de Câmara de Blumenau no dia 23 de outubro, na Harmonia-Lyra, e concluir, mais uma vez, que ao contrário do que ainda dizem uns e outros por aí, tem muito programa para se fazer em Joinville.
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Para completar, nada como deleitar-se com a leveza das crônicas. Primaverar com o setembro amarelo de Andreia Evaristo; torcer para que o filho pré-adolescente, fã do Piangers, não leve a sério a confissão do texto “Última moda”, no caderno “Versar”, e resolva seguir os passos de seu ídolo fazendo uso da gravata (ou de outras peças de roupa) como guardanapo; autoquestionar-se sobre as certezas que até então me mantiveram longe de uma tatuagem a partir da provocação de Martha Medeiros, que apresenta a tattoo como uma das poucas coisas permanentes neste mundo de eternas mudanças. Permanente como o prazer do impresso.