A cada 4 anos o mundo se reúne em uma enorme celebração: as Olimpíadas. Elas eram para ocorrer em 2020, mas devido à pandemia do Coronavírus, enfim, os Jogos Olímpicos de Tóquio puderam ocorrer neste ano.
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E como todo evento, as Olimpíadas têm símbolos especiais criados para representar os jogos.
Esses símbolos representam os ideais cultivados e transmitidos por cada modalidade olímpica. Alguns deles são a unidade entre os povos, a paz e a universalidade do esporte.
Entre os principais, podemos destacar os anéis olímpicos e outros símbolos importantes, como a tocha, o lema, as medalhas, os mascotes de cada edição dos jogos, o hino olímpico e juramento olímpico.
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Ficou curioso para saber mais sobre cada um deles? Pois, agora, você saberá mais sobre cada um desses símbolos olímpicos.
Anéis Olímpicos
A logo com os cinco Anéis Olímpicos é a principal representação das Olimpíadas. Esse símbolo olímpico também é a marca do COI (Comitê Olímpico Internacional) e representa, genuinamente, um evento que une culturas, países e ultrapassa as fronteiras físicas no mundo.
A principal ideia desse símbolo, é dar forma e voz a valores comuns a todos, como o universalismo e humanismo. O desenho dos cinco aros interligados, e as cores utilizadas neles, foram desenhados, primeiramente, à mão pelo Barão Pierre de Coubertin, que foi “pai” das Olimpíadas modernas, na parte superior de uma carta escrita por ele.

O intuito de criar o símbolo dos Anéis Olímpicos, foi criar um símbolo capaz de comunicar força e união. O número de anéis são representações dos cinco continentes: Europa, Ásia, África, Oceania e as Américas
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E as cores dos anéis foi escolhida por serem essas as cores que aparecem com mais frequência nas bandeiras nacionais, correspondendo o azul à Europa, o amarelo para a Ásia, o preto para a África, o verde para à Oceania e o vermelho às Américas.
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Os aros têm cores diferentes também para representar a diversidade entre as nações e dar um sentido universal para os Jogos Olímpicos. E os aros contrastam com um fundo branco, que simboliza a paz.
A intensão de usar esse conjunto de aros e as cores utilizadas na logo foi justamente para se opor ao nacionalismo exagerado e a rivalidade exagerada entre os países, que acabou resultando na Primeira Guerra Mundial e foi uma das marcas registradas em muitos países no começo do século XX.
A estreia dos Anéis Olímpicos

A utilização dos Anéis Olímpicos, como um dos principais símbolos olímpicos, teve início a partir de 1913, após a Olimpíada de Estocolmo, em 1912, que foi a primeira Olimpíada a receber atletas e participantes de nacionalidades de todos os continentes.
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A ocasião onde os Anéis Olímpicos apareceram pela primeira vez foi em uma bandeira hasteada, com fundo branco, nos Jogos Olímpicos de 1920 em Antuérpia. Nos jogos seguintes, de St Moritz em 1928, eles continuaram a ser utilizados em posters e, daí em diante, viraram símbolos principais dos Jogos Olímpicos modernos.
A bandeira dos Jogos Olímpicos acaba sendo também um objeto que simboliza um rito de passagem, já que ao final de cada edição das Olimpíadas, a Bandeira Olímpica é transportada para a próxima cidade-sede dos jogos.
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Variações dos Anéis Olímpicos
Mais de um século após sua criação e estreia nos Jogos Olímpicos, os Anéis Olímpicos se transformaram em um símbolo tão reconhecido mundialmente, que mesmo tendo seu design alterado em versões únicas, não perde sua identidade original.
Por exemplo, um dos posters dos Jogos Olímpicos de Inverno já chegou a retratar os cinco Anéis Olímpicos esquiando em uma colina nevada.
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Já em um pôster da Danish Paralympics Association, desenhado por Per Arnoldi, os Anéis foram retratados em formas que lembravam quadrados e triângulos, ainda unidos em grupo. A ideia dessa representação era transmitir os valores de independência e diversidade que são típicos do movimento Paraolímpico.
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Curiosidade sobre os Anéis Olímpicos
Lembra que dissemos que os Anéis Olímpicos foram criados pelo Barão Pierre de Coubertin e desenhados por ele em uma carta? Pois bem, esse desenho foi feito com grafite e guache em um papel, que media 21 por 27,5 centímetros.
Esse esboço dos Anéis Olímpicos não ficou com o Pierre de Coubertin, ele o entregou para um homem suíço, cuja família ficou com essa relíquia por muitos anos, até ser comprada por um colecionador em 2020.
Esse colecionador colocou esse desenho a venda no mesmo ano, sendo vendido a um colecionador brasileiro, que desembolsou, no total, 234.950 euros.
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A tocha e a pira olímpica

Este é um dos símbolos olímpicos mais antigos, sendo um elo entre os jogos realizados na Grécia Antiga e os da Era Moderna.
O fogo, para os gregos, era um elemento sagrado e purificador utilizado em frente dos seus principais templos, como o Santuário de Olímpia, que recepcionava os jogos olímpicos na Grécia Antiga.
Na antiguidade, a tocha era acendida com a luz solar, através da skapia, que era um espelho côncavo que direcionava os raios solares para o mesmo ponto, gerando uma combustão.
Já a tradição de acender a pira olímpica, na Grécia Antiga, era realizada meses antes dos jogos começaram, em frente ao Templo de Hera por onze sacerdotisas.
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Os primeiros jogos da Era Moderna a incorporarem a tradição de acender a Pira Olímpica e um estádio foram os Jogos Olímpicos de Amsterdã, em 1928. Já o reversamento da tocha, que é outra tradição olímpica, estreou nos Jogos Olímpicos de Londres, em 1948.
Os significados para a Chama Olímpica são muitos. Além do significado histórico, ela simboliza a amizade, a união e a paz entre os povos. Na Grécia Antiga, o reversamento da tocha era o prenúncio de que haveria uma “trégua sagrada”, ou seja, as guerras que estava em curso estariam paralisadas até o fim dos jogos.
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Lema
A expressão em latim que melhor define o espírito olímpico é: Citius, Altius, Fortius. Ela significa o mais Rápido, o mais Alto, o mais Forte. Essa frase é de autoria do Padre Henri Dion, que era amigo do Barão de Coubertin e ensinava esportes em Paris.
O intuito dessa frase é ilustrar o quanto os atletas superam seus limites, durante os jogos. Esse lema foi oficialmente adotado em 1894, durante a criação do COI.
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Medalhas

Na Grécia Antiga, os vencedores dos jogos recebiam como prêmio folhas de louro e oliveira. Além disso, eles garantiam alimentação gratuita, pelo resto de suas vidas, o título de herói da sua cidade e um lugar cativo em teatros.
A premiação mudou quando os Jogos Olímpicos foram retomados, em 1896. Retomados porque no ano 392 o Imperador Romano Teodósio I havia proibido a realização deles. Nessa retomada, os vencedores passaram a ser premiados com um ramo de oliveira e uma medalha de ouro.
Apenas a partir de 1904 que os segundo e o terceiro colocados começaram a ser premiados, recebendo medalhas de prata e bronze, respectivamente.
Essa modalidade de premiação acabou sendo um sucesso, por isso perduram até os jogos atuais. Um detalhe interessante: a responsabilidade pela cunhagem das medalhas é do país escolhido para ser o anfitrião dos Jogos Olímpicos.
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E diferente do que parece ser, as medalhas de ouro não são feitas “totalmente de ouro”, a sua composição é de 92,5% de prata e 6 g de ouro.
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Mascotes

Outro importante símbolo dos Jogos Olímpicos são os mascotes, que mudam a cada edição e variam conforme o país sede.
O primeiro mascote a ser apresentado oficialmente foi o Waldi, na Olimpíada de Munique, em 1972. O Waldi teve como inspiração o cachorro da raça dachshund, bastante comum na região onde os jogos foram realizados naquele ano.
A partir dessa Olimpíada, os países sede dos jogos passaram a criar mascotes que representassem as suas características regionais. Desde então, diferentes tipos de mascotes ganharam vida a cada quatro anos.
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Já tivemos uma águia, um urso, montanhas personificadas… Entretanto, é a mistura dos elementos naturais é o fator que mais influencia na criação dos mascotes.
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Hino olímpico
A verdade é que o hino olímpico está mais para um poema ou uma canção de alegria ou entusiasmo, para celebrar os jogos Olímpicos.
O Hino Olímpico criado em 1896, sendo de autoria do compositor grego Spirou Samara com letra do músico grego Cositis Palamas. Porém, o Hino Olímpico passou a ser adotado pelo COI apenas a partir de 1958.
E quando ele é executado, já que raramente nós o vimos sendo executado? Pois bem, o Hino Olímpico é executado em em todas as cerimônias olímpicas oficiais, no momento em que é feito o hasteamento da bandeira olímpica.
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7 – Juramento olímpico
Como todo juramento, o olímpico é o firmamento de um compromisso, ou promessa solene, a ser pronunciado em público.
O Juramento Olímpico começou a ser feito nos Jogos Olímpicos de Antuérpia, em 1920. Ele sempre é feito por apenas um atleta, em nome de todos os participantes, durante a cerimônia de abertura dos jogos.
Nos Jogos de Sydney, em 2000, o juramento foi modificado. Nessa nova versão do Juramento Olímpico foi incluída uma referência aos competidores não recorrerem às drogas.
Segue o texto do Juramento Olímpico atual: “Em nome de todos os competidores, prometo participar destes Jogos Olímpicos, respeitando e cumprindo com as normas que o regem, me comprometendo com um esporte sem doping e sem drogas, no verdadeiro espírito esportivo, pela glória do esporte e em honra às nossas equipes”.
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A partir de 1972, os arbítros dos jogos também passaram a ter um juramento: “Em nome de todos os juízes e árbitros, prometo que participaremos destes Jogos Olímpicos, sem preconceito, respeitando e seguindo as regras que os regem com o verdadeiro espírito da esportividade”.
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