Ao ser questionado sobre sua invencibilidade no comando do Criciúma em 2013, Sílvio Criciúma fez questão de frisar que os três jogos que comandou, duas vitórias e um empate, foram em competições diferentes: o Campeonato Catarinense, o Campeonato Brasileiro e, na terça-feira, a Copa Sul-Americana.

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– Eu estou cansado, preciso de férias! Já fiz três campeonatos este ano! – brincou ele.

Revelado na base do clube, o ex-zagueiro se mostra hoje como uma carta na manga para o Criciúma colocar em ação em momentos como o que vive agora, com a demissão de um técnico e necessidade urgente de se reerguer. Versátil, Sílvio Criciúma se saiu bem com as diferentes situações que encontrou como técnico do time este ano.

– Os três jogos foram em casos diferentes um do outro. Contra o Camboriú foi só aquela transição, mas foi uma vitória importantíssima, porque se não fossem aqueles pontos o Criciúma não classificaria pra semifinal e posteriormente não chegaria à final e ao título. E acho que essa do Coritiba era um momento conturbado do clube, veio uma vitória importante e felizmente ainda jogando bem – celebra ele.

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Mesmo ainda invicto, o terceiro resultado trouxe o adeus à Copa Sul-Americana. Mas, mesmo assim, o interino se saiu bem diante das circunstâncias que recebeu e vê o lado bom do 0 a 0.

– A classificação estava um pouquinho distante. Mas, independente disso, todos os jogadores que foram colocados à disposição foram com objetivo de conseguir a classificação. Só que não foi possível. Mas pelo menos foi um time seguro, o Galatto não teve perigo de gol. Já que não conseguiu classificar, não conseguiu vencer, pelo menos veio com um empate – reflete.

Atuando no dia a dia como auxiliar técnico, o comandante em emergências avalia que sua função tem sido importante. Em especial neste momento, sendo que o Criciúma precisa de calma para não se precipitar com uma contratação que deve ser decisiva para manter o clube na elite do futebol nacional.

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– É a minha função no clube. Acho que agora está dando pra ter a noção da importância de um auxiliar técnico. Quantas vezes o Criciúma contratou um treinador da noite para o dia, ficando sujeito a um salário colocado pelo treinador, não tendo tempo para pensar? Pelo menos desde a demissão do Vadão já foram dois jogos, já foram cinco, seis dias. O clube está conseguindo fazer com mais calma – acredita ele.

No comando do Criciúma até a reapresentação desta quinta-feira, Sílvio Criciúma passa o bastão para o novo treinador, ainda não definido pela direção do clube. A delegação coloca os pés na estrada mais uma vez na sexta-feira, quando embarca para enfrentar o Vitória na Bahia. O confronto terá início às 16h, domingo, no estádio Barradão.