Sílvio Criciúma chegou a Ibirama no Campeonato Catarinense do ano passado para apagar um incêndio. O Atlético Hermann Aichinger havia caído no hexagonal da morte e precisava brigar para não cair. Conseguiu. Escapou por ter uma vitória a mais que o Brusque. Então ele deixou o clube e voltou em novembro, para montar o elenco que disputará a competição em 2015.

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O time grená é o primeiro de Sílvio como treinador, depois que ele deixou o Criciúma, clube que o revelou como zagueiro e onde trabalhou como assistente e técnico. Pensa em fazer bonito no Alto Vale do Itajaí e conquistar aquilo que ele diz que é objetivo da diretoria: o acesso para a Série D do Brasileiro.

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Para isso, ele diz ser fundamental se classificar para o Hexagonal final da competição. Mas sabe que para chegar até lá vai ser difícil. Sílvio afirma que o clube tem um orçamento baixo e tem como um dos principais objetivos recuperar aquilo que era considerado uma das marcas do Atlético-Ib: a força do Estádio Hermann Aichinger.

DC: O que podemos esperar desse Atlético?

Sílvio Criciúma: Será um time competitivo dentro das nossas possibilidades. Sabemos que temos um orçamento menor que os outros clubes, por isso procuramos encaixar os atletas de acordo com o que pensamos. Foram escolhidos a dedo jogadores que possam vir para cá para vestir a camisa do Atlético-Ib com orgulho. Sofremos também com a concorrência dos outros clubes justamente por essa questão financeira. Mas acredito que montamos um bom grupo.

DC: Como foi a montagem desse elenco? Você já vinha montando ele desde o final do Estadual de 2014?

Sílvio Criciúma: Não, depois do Estadual (do ano passado) eu saí e voltei só no segundo semestre. Comecei a assistir jogos das Série C e D do Brasileiro e da Série B do Catarinense. Hoje temos 30 jogadores que podem ser divididos em três grupos: 10 deles vieram das categorias de base, 10 têm experiência no futebol de Santa Catarina e outros 10 ainda não jogaram por aqui.

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DC: Nos últimos dois anos o Atlético perdeu aquela que é uma de suas principais características que era a força do estádio. Como recuperar isso?

Sílvio Criciúma: Realmente isso aconteceu e recuperar essa força é fundamental para o campeonato. Dos nove jogos da primeira fase, cinco serão em casa e vencer todos é se garantir no Hexagonal. Mas por outro lado teremos uma das edições mais difíceis dos últimos anos e precisamos estar preparados para isso.

DC: O Atlético começou os trabalhos no início de dezembro, um mês antes da maioria dos clubes. Como isso pode ajudar o time na competição?

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Sílvio Criciúma: Acredito que esse ano será diferente. Com a mudança do calendário, que foi muito bem-vinda, o campeonato começa só em fevereiro então os times grandes também tiveram mais tempo para se preparar. E para esses times, uma semana a mais de preparação já faz muita diferença.

DC: Como você avalia a evolução do grupo desde o início dos treinamentos?

Sílvio: Ah, da melhor forma possível. Não apenas pelos jogos-treino que fizemos, mas também pelo desempenho físico e tático nos treinamentos. Apesar de tudo, o Atlético terá um time competitivo.