Após a fala de Luís Fernando Veríssimo na abertura da Flip, na noite desta quarta-feira, foi a vez de dois outros escritores, Silviano Santiago e Antonio Cícero, se manifestarem.

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Com duas diferentes estratégias, ambos buscaram aproximações analíticas à vida e à obra do poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, grande homenageado da Flip de 2012. Primeiro, Santiago valeu-se de um tom acadêmico para buscar uma visão panorâmica sobre a trajetória de Drummond.

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Em sua análise, repleta de referências a autores como Mallarmé e Camus, ele usou como marcos cronológicos os principais acontecimentos do século XX. A partir deles, explicou tanto as mudanças de vida quanto de interesse literário experimentadas pelo poeta.

Já Antonio Cícero preferiu fixar-se em único poema de Drummond, A Flor e a Náusea, do livro A Rosa do Povo, de 1945. Chamou a atenção para o fato de que o poeta evocava diretamente o romance A náusea, de Jean-Paul Sartre, que traduzia a essência do movimento existencialista. Ao longo de sua fala, Cícero deteve-se em cada uma das nove estrofes desse poema, na tentativa de investigar alguns versos de significado menos evidente para o público em geral. Ao final, recitou um poema curto de Drummond, Canto Esponjoso.

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