O esquema será cauteloso. Preocupado, primeiro, “em compactar o time e arrumar a cozinha”, Silas escalará o Grêmio com três zagueiros, amanhã, em Erechim.

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Aprecaução, contudo, não significa que evitar a derrota seja o seu objetivo. O técnico garante não abrir mão da vitória no primeiro clássico do Gauchão. A ponto de empolgar-se na frase.

– Quem tiver medo tem que ficar em casa. Se pudesse, entraria em campo – afirmou o treinador.

Ainda assim, Silas pondera sobre os riscos de uma derrota no Gre-Nal, clássico que conheceu em 1992, como jogador do Inter. Para dimensionar a repercussão de um clássico, cita a derrota do Botafogo por 6 a 0 para o Vasco, responsável pela demissão do técnico Estevam Soares, “que não era o culpado da situação”.

O treinamento de hoje pela manhã, último antes da viagem para Erechim, será dividido em duas partes. Na primeira, com portões fechados, Silas irá ensaiar o sistema tático com três zagueiros. Improvisado pela ala-direita, o volante Ferdinando, 1m80cm, irá reforçar o setor. Sua presença permitirá que Mário Fernandes tenha ampla liberdade para atacar, a exemplo do que ocorreu em Santa Cruz do Sul.

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A segunda parte do trabalho será aberta. Silas aproveitou a entrevista de ontem para pedir que os torcedores compareçam e deem “o último estímulo ao time antes do embarque”.

É positiva a avaliação que o técnico faz do desempenho de seu time até o momento. Para Silas, as viradas obtidas em três dos quatro jogos do Gauchão representam que a equipe tem “coração e garra de sobra”, além de ótima condição física. E Gre-Nal, segundo ele, só se ganha com coração.

Nem o fato de o Grêmio ter sofrido seis gols em quatro jogos serve de preocupação. O técnico sugere que se olhe o lado positivo, que é o fato de o Grêmio ter marcado nove vezes.

O retrospecto negativo em Gre-Nais em 2009 – quatro derrotas e somente uma vitória – é desconsiderado por Silas. Para o técnico, é preciso lembrar que seu trabalho recém se inicia.

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– Este não é um peso que está sobre minhas costas. Barbosa é um só. Ele pagou a vida inteira por um gol sofrido em 1950 – comparou.