Silas está diferente. O treinador que levou o Avaí ao sexto lugar na Série A do Brasileiro em 2009 e esteve na área técnica de Flamengo e Grêmio em 2010 está em outro estágio da carreira. Vive o que chama da Fase 2, tem o nome conhecido e solidifica seu trabalho. Depois de um ano de fora do mercado, o novo momento inicia no Tubarão, que também busca ampliar a sua relevância. Não se trata de recomeço, mas de ir além.
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O técnico passou o atual ano propositadamente sem clube. Dedicou tempo para finalizar os cursos de treinador da CBF e viajou o mundo, conheceu o trabalho em diferentes clubes do globo, muitos deles pelos contatos feitos quando atleta ou mesmo como técnico. Todo o conhecimento adquirido é empregado em fazer Tubarão alcançar resultados mais expressivos quanto os da temporada que terminou recentemente: ir além da segunda fase da Copa do Brasil, brigar pelo acesso à Série C e, o mais marcante para o jovem clube, estar entre os postulantes ao título do Campeonato Catarinense.
— Amadureci e aprendi muito nestes últimos anos. E quando há oportunidade de colocar em prática, como tenho agora no Tubarão, fica bom. Encaro esse desafio com alegria. Vamos tentar repetir a campanha deste ano ou melhora-la. Buscamos estar na semifinal do Estadual. Para isso, temos atletas por chegar e com reforços teremos um bom grupo para brigar nas competições que temos em nosso calendário – apontou Silas entre um treinamento e outro na preparação tricolor para o Catarinense.
Apresentado há praticamente duas semanas e com contrato até o final de 2019, o plano esportivo está alinhado com o de expansão do clube, que tem no projeto a presença na Série B do Campeonato Brasileiro em menos de 10 anos. Silas tem metas e quer fazer com que os resultados no campo levem o Tubarão a subir mais um degrau. No entanto, tanto ele quanto o Peixe têm objetivos que vão além dos gramados.
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– Digo que sou apenas um tijolo neste processo. Temos boas competições para disputar e um projeto bom. Trouxemos um trabalho de acompanhamento psicológico para trabalhar também a saúde mental do atleta, desde a adaptação demográfica até a gestão do tempo. É um trabalho que beneficia o atleta como homem e vai causar bons reflexos no jogo.
Campeão catarinense com o Avaí em 2009, Silas conhece bem a primeira missão da temporada. Sabe que o próprio Leão da Ilha e a Chapecoense, entram como fortes postulantes ao título por serem os representantes do Estado na Série A. Que Criciúma e Figueirense, da Série B do Brasileirão, também têm chances e que o Joinville, por sua tradição, merece respeito. O Tubarão vai buscar lugar para terminar entre eles – e entre os quatro melhores para brigar pela taça. Para isso, o homem que tem uma conquista no currículo aponta o caminho.
– Não pode ter medo de jogar. Os clubes, de todos os tamanhos, têm acesso maior à fisiologia, tecnologia, nutrição e outras áreas para ter alto rendimento. A diferença é quem faz melhor e por mais tempo. Nossa ideia é essa.