O professor Sid Watkins, uma das maiores personalidades do circo da Fórmula-1, médico que prestou socorro a Ayrton Senna no acidente fatal no GP de San Marino, está se aposentando. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) emitiu comunicado nesta quinta, dia 20, informando que Watkins, 76 anos e 26 na categoria, será substituído pelo seu assistente, Gary Hartstein. Watkins continuará trabalhando com a FIA como primeiro presidente do novo instituto para a segurança dos esportes de motor, em Paris.
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Ele deixou para trás um esporte muito mais seguro do que na época em que começou, há 26 anos. Há mais de uma década não há mortes na F-1 apesar de os carros terem se tornado os mais rápidos da história da categoria.
A morte de Ayrton Senna, em San Marino, em 1994, esta descrita em seu livro “Vida no Limite”, justamente o momento em que atendeu seu amigo.
– Fizemos um suporte para o pescoço do Ayrton e removemos seu capacete. Ele parecia sereno. Levantei suas pálpebras e estava claro na suas pupilas que havia uma grande lesão cerebral. Levantamos ele do cockpit e o deitamos no chão – escreveu. – Quando fizemos isso, ele suspirou e, embora eu seja totalmente agnóstico, senti sua alma partindo naquele momento – completou.
Aquele acidente, a última fatalidade da Fórmula-1, alavancou revisões e desenvolvimentos nos dispositivos para a segurança da cabeça e do pescoço dos pilotos.
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Com informações da Agência Reuters.