Responsável pelos resgates médicos na Fórmula-1 entre 1978 e 2004, tendo, inclusive, sido o primeiro a socorrer o piloto brasileiro Ayrton Senna, no circuito de San Marino, em 1994, o médico aposentado Sid Watkins morreu ontem, aos 84 anos. A causa da morte do neurocirurgião inglês, no entanto, não foi divulgada.

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Consultor de segurança da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) desde sua aposentadoria, Watkins ficou conhecido no Brasil quando atuou no resgate de Senna, durante o GP de San Marino, no dia 1º de maio de 1994. Amigo do brasileiro, ele revelou no documentário “Senna”, de 2010, que teve uma longa conversa com o piloto antes do GP de San Marino.

No mesmo documentário, Watkins conta o que viu quando chegou perto da Williams de Senna após a batida na curva tamburello:

– Ele suspirou por um instante e seu corpo relaxou. Foi naquele momento, eu não sou religioso, que pensei que o seu espírito tinha partido.

Enquanto atuou como chefe da equipe médica da F-1, o inglês trabalhou pela modernização da segurança dos pilotos. Ele é conhecido por ter revolucionado as operações de resgate e por ter salvado diversas vidas, em acidentes como os dos pilotos Martin Donnelly, na Espanha, em 1990, e Erik Comas, na Bélgica, em 1992.

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Watkins também recebeu o Prêmio Mario Andretti, em 1996, e a Excelentíssima Ordem do Império Britânico, em 2002.

No Twitter, Bruno Senna, sobrinho de Ayrton Senna, lamentou a morte do médico:

– Descanse em paz, professor Sid Watkins. Triste para nós que ficamos por aqui.

Watkins deixa esposa e seis filhos.