Após dois anos sem eventos por causa da pandemia, um festival com artistas nacionais e internacionais como o Floripa Eco Festival e um grande show do Guns N´Roses estão marcados para sábado (17) e domingo (18), respectivamente, em Florianópolis. O momento marca uma nova fase no setor cultural que vive o país. Os últimos meses já foram de programação cheia em Santa Catarina e o momento parece ser ainda mais intenso que antes de 2020.
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O retorno de Guns N’ Roses a Santa Catarina é um momento muito esperado pelos fãs. Isso porque a última vez que a banda esteve em solo catarinense foi em 2014, mesmo vindo ao Brasil pela última vez em 2019. Um festival que reúne nomes famosos como Emicida, Jorge Ben Jor e Criolo também é uma grande novidade. Meses atrás, shows com nomes gigantes da MPB como Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo.
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Segundo Cristina Gadotti, gerente de articulação, difusão e promoção da Cultura da Fundação Catarinense de Cultura, Florianópolis está vivendo um “boom de eventos”, que não era visto desde 2014:
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— Teve um período até 2014 que foi um fervo, depois foram anos difíceis. Estava acontecendo em menor escala, não tinha tanto recurso, menor verba para a cultura. Em 2018, o desmantelamento do Ministério da Cultura, que virou uma Secretaria, foi determinante para essa queda. Não tinha patrocínio de lei federal nem estadual.
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O ano de 2020 começou com um “lampejo de crescimento”, segundo Gadotti, mas a pandemia paralizou tudo. Ainda segundo a articuladora cultural, o primeiro semestre deste ano foi ainda adaptação, apenas neste momento há uma retomada maior. Isso acontece pelo retorno dos editais de investimento cultural públicos e também pelos “patrocinadores estarem se recuperando”.
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Já Luanda Wilk, produtora cultural da cidade, acredita que Florianópolis é “um polo cultural riquíssimo”. Ela explica que isso tem a ver com a qualidade de vida da cidade.
— Temos artistas incríveis e com o olhar para uma melhor qualidade de vida, nossa cidade se destaca. A descentralização do eixo RJ-SP já é uma realidade, e isso também tem a ver com o custo de vida que é cada vez mais alto nessas cidades. Existe demanda, existe público, existe artistas e profissionais de excelente qualidade, só precisamos de pontes — declara.
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Ela também explica que a coincidência de datas nesse momento é comum, já que existe muita busca por atrações artísticas. O local para essas atrações se apresentarem também é uma preocupação. Ela comenta que o aumento de pequenos e grandes espaços de eventos fomenta ainda mais a cultura.
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Uma preocupação é com a diversidade e acessibilidade dessas atrações para todos. Por isso, Fabrício Correia, diretor da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, relembra duas importantes ações gratuitas: o Viva Cidade, feira semanal na Praça XV de Novembro, e o Cultura Mané, no Jardim Botânico. No primeiro evento, cerca de 20 mil pessoas já passaram por lá desde agosto de 2021 até o momento.
Para além da capital de SC, as cidades menores também estão na mirada da produção cultural. Cristina Gadotti explica que a volta dos editais públicos com verbas para a cultura, espetáculos de teatro estão indo até o interior em locais que nunca haviam recebido esse tipo de arte. Ela também declara feliz que a união do setor neste momento está fortalecendo cada vez mais as produções artísticas e grandes eventos.
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