Árvores, enfeites e luzes piscantes já começam a ocupar espaços nas casas, praças e, claro, nas vitrines. O comércio da cidade está com as estratégias prontas, mas as expectativas mudam de acordo com o estabelecimento. Enquanto shoppings projetam até 18% de crescimento nas vendas em relação ao Natal de 2015, o comércio de rua tem uma previsão mais modesta de aumentar no máximo 3% as negociações.

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Nos shoppings a perspectiva é maior devido às grandes estratégias de campanha aplicadas pelos grupos. No Park Europeu a projeção é de um aumento de até 18% nas vendas e de 25% no fluxo de veículos circulando pelo shopping durante o período natalino, de acordo com o superintendente Fabiano Bussi. No Norte Shopping a expectativa também é alta. Segundo o superintendente Alexandre Richartz, as vendas devem crescer entre 13% e 15%. Para chegar a este índice a estratégia do empreendimento é apostar em promoções e na diversificação de eventos.

– Estamos sorteando um carro e a cada R$ 200 em compras a pessoa recebe um cupom para concorrer, mas também estamos trazendo uma série de eventos para o espaço do shopping que vai aumentar o fluxo neste período. Nós chamamos de público novo, que vem para o evento e acaba comprando nas lojas do shopping – explica, enumerando o festival para motociclistas, uma feira de decoração e shows como diferenciais para atrair novos clientes ao espaço.

O Neumarkt tem estratégia parecida. De acordo com Rafael Boettner, superintendente da unidade, a abertura de novas lojas de marcas internacionais, a promoção que também sorteia um carro e atmosfera natalina são as principais estratégias para alcançar o crescimento planejado de 12% a 15%.

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– Estamos otimistas nas estratégias porque são ações baseadas em muita pesquisa e no perfil dos nossos clientes, e é uma junção dessas ações: o sorteio, as novas lojas e todo o clima de Natal que toma conta do shopping que vai nos levar a esses resultados – diz Boettner.

No comércio de rua a projeção é diferente e a principal intenção é garantir que, pelo menos, não haja queda nas vendas. O presidente do Sindilojas de Blumenau, Emílio Schramm, afirma que a expectativa é manter o mesmo índice de vendas do ano passado e recuperar basicamente as perdas da inflação do período.

– Se alcançarmos isso já seria um belo resultado. Muitas lojas fecharam neste ano, então essas vendas serão absorvidas por alguém, e quem tiver a melhor estratégia vai levar – diz.

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Hélio Roncaglio, é mais otimista e calcula um crescimento de até 3%, segundo o que a entidade levantou com as expectativas dos associados. Para alcançar esses resultados e alavancar as vendas dos lojistas de rua as duas associações se uniram para a campanha de fim de ano – lançada oficialmente amanhã -, que vai sortear entre os clientes do comércio itens como carros, bicicletas, equipamentos eletrônicos e vales-compra como forma de atrair compradores:

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– Os shoppings têm mais condição de fazer promoções desse tipo, que muitas vezes os pequenos associados não têm, então essa é uma forma de garantir as mesmas circunstâncias e também oferecer um diferencial aos clientes.

Roncaglio chama a atenção para o crescimento do comércio nos bairros, que foi impulsionado em 2015 pelas paralisações do transporte coletivo, mas se manteve durante o ano.

– Nós vimos o potencial desses associados e os números apontaram para esse crescimento. Como o dinheiro ficou menor, as pessoas optaram por comprar no bairro, onde muitas vezes ainda é possível parcelar uma compra no carnê, por exemplo, e os clientes e lojistas fortalecem essa relação – analisa.