Com obras em andamento, o Jaraguá do Sul Park Shopping exige investimentos de R$ 80 milhões. Quando ficar pronto, em outubro de 2014, vai abrigar mais de 150 operações em área bruta locável de 26 mil m². O empreendimento atenderá a uma população de 250 mil potenciais consumidores da região Nordeste de Santa Catarina.
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A expansão é necessária, conta o superintendente Heine Withoeft. Quando o shopping foi inaugurado, em 1999, Jaraguá do Sul tinha aproximadamente 90 mil moradores. Em 2010, a população já chegava a 132 mil. O projeto de ampliação já existe há cinco anos. A meta é atender a um público que costuma ir a empreendimentos de Joinville e Blumenau, onde a oferta de marcas e lazer é maior e bem mais diversificada.
– A partir da expansão do Jaraguá do Sul Park Shopping, isso não vai mais acontecer – aposta Withoeft.
Advogado por formação, Withoeft começou a carreira na área jurídica, mas atua no ramo de shopping center desde 1995. Em setembro de 1999, ingressou no shopping do Vale do Itapocu. Antes, também teve passagem pelo marketing do Shopping Neumarkt, em Blumenau.
HOJE
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– Atualmente, o empreendimento já está pequeno para as necessidades dos consumidores. Sentimos que tínhamos que aumentar seu tamanho, há cinco anos. A expansão se torna essencial, sob pena de outros empreendedores entrarem no negócio e dividir o mercado. O projeto de expansão vai significar um novo marco econômico na cidade.
O COMEÇO
O shopping foi inaugurado em 1999 pelos empresários Bruno e Roberto Breithaupt, donos do empreendimento. Naquele ano, a cidade tinha aproximadamente 90 mil moradores. O shopping tinha 12 mil m² de área bruta locável. Era grande demais à época. Jaraguá sequer tinha cinema. O shopping fica no coração da cidade, onde era a primeira loja da rede Breihaupt. O grupo varejista já completou 85 anos de negócios.
INAUGURAÇÃO
– Teremos um hipermercado, no subsolo, e mais andares, além dos atuais. Ao todo, serão 26 mil m² de área para locação, mais do que dobrando de tamanho. As obras vão ficar prontas em outubro de 2014. Vamos requalificar o shopping. O investimento total projetado na expansão é de R$ 80 milhões.
FUNDO
O dinheiro vem de fundo imobiliário estruturado pela Paranis Originadora S/A. Os investidores compram debêntures e, depois, serão remunerados. O financiamento é de dez anos, com dois de carência e oito para amortização.
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HOTEL
– O shopping ainda vai aumentar o espaço para estacionamento de carros. Passará das atuais 550 para 1.060 vagas. Isso garantirá mais conforto e comodidade. Haverá dezenas de salas comerciais e, no último piso, vai ser construído um hotel. Para esta operação, há grupos de hotelaria avaliando o negócio. O hotel terá 121 apartamentos e deverá ficar pronto em 2015.
CINEMAS
O shopping vai ter cinco salas de cinema no modelo stadium, todas com o mesmo operador de agora: o Grupo Arco Iris.
ÂNCORAS
– Hoje, as lojas-âncoras são o hipermercado Cooper, a loja de departamentos Havan, as Lojas Americanas e o McDonald?s. O shopping tem 77 operações. Serão 156 após a finalização das obras de expansão. Vamos oferecer outras âncoras conhecidas em outros shoppings: Renner e Burger King estão definidas.
PÚBLICO
– Estimamos atender a uma massa de 250 mil consumidores potenciais da região. Hoje, o pessoal vai para shoppings de Joinville e de Blumenau porque nestas cidades a oferta de marcas e lazer é maior e mais diversificada. Sabemos disso. A partir da expansão, isso não vai mais acontecer. Teremos três restaurantes, cinemas e novas lojas importantes no cenário do varejo. Em quatro anos, a expansão vai se consolidar.
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LOCAÇÃO
– Das 156 lojas que o shopping terá após a expansão, 65% já estão alugadas. Pretendemos inaugurar com 80% do total já locado. É comum que muitas boas operações esperem pelo comportamento das vendas das lojas que iniciam para, então, decidirem procurar ponto comercial. Claro que varia, mas o preço médio de locação é de R$ 100 por metro quadrado.
NEGOCIAÇÕES
– Vamos incrementar o empreendimento com novas marcas. Estamos em fase de negociação com as grandes redes de lojas de departamentos C&A e Marisa. Também há negociação com outras marcas nacionalmente conhecidas. Entre elas, a Siberian, Brooksfield e a Camisaria Colombo.
PROFISSIONAIS
– Empreendedor que quer abrir loja em shopping tem de ser do ramo. Tem de ser profissional. Isso explica o sucesso de lojas franqueadas. São as que mais se adaptam ao modelo gerencial de shoppings e, por isso, também são as que melhor sobrevivem. Operações isoladas têm, naturalmente, mais dificuldades de crescer dentro de shoppings.
MÃO DE OBRA
Não fizemos pesquisa para definir a expansão do shopping. Depois de 14 anos, estava evidente a necessidade de ampliação. O grande desafio é atrair mão-de-obra. As indústrias têm dificuldade para encontrar trabalhadores. Não seria diferente para nós. As obras estão com 50 trabalhadores no local. No período final, serão entre 500 e 600 funcionários.
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